terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ao som de música evangélica, Norton Nascimento é sepultado.
Fiéis da igreja Renascer acompanharam o enterro do ator.
"Norton está, literalmente, nos braços de Deus", diz pai após o funeral.
22/12/2007 - 12h30 - Atualizado em 22/12/2007 - 15h49

Cerca de 300 pessoas, entre parentes, amigos e fiéis da igreja Renascer acompanharam o enterro do ator Norton Nascimento, que aconteceu neste sábado (22), no cemitério Memorial Parque Paulistano, em Embu das Artes.

Comovidos, a viúva, Kely Cândia Nascimento, e os filhos do primeiro casamento do ator Luana, de 22 anos, Lucas, de 21, e Yasmin, de 14 acompanharam o funeral que foi realizado ao som de cânticos e orações. O ator se converteu à religião evangélica em 2003, após passar por uma cirurgia de transplante do coração.

O bispo José Bruno, que há cinco anos realizou o casamento de Kely e Norton, ressaltou que Norton morreu como um “homem de Deus honrado”. “Ele expressava a alegria de viver em Jesus. Norton falava alto e ria muito e contava piadas”, disse o bispo.

Após o corpo ser sepultado, o pai do ator, Lucivaldo Nascimento, pediu aos presentes que rezassem pelo filho. “Agora Norton está, literalmente, nos braços de Deus”, disse o pai, ao lado da mãe do ator, Lúcia.

Nenhum dos colegas de meio artístico do ator compareceram ao funeral. A atriz Bárbara Paz enviou uma coroa de flores ao cemitério em homenagem ao ator, que foi seu colega de elenco na novela “Maria Esperança” – último trabalho de Norton na televisão, que foi ao ar este ano no SBT.


Serigüela

O ator morreu na manhã da sexta após sofrer parada cardíaca em decorrência de um quadro de infecção pulmonar, de acordo com boletim médico do Hospital Beneficência Portuguesa, onde Nascimento estava internado desde o último dia 29.

Segundo Kely Cândia Nascimento, viúva do ator, ele manteve o bom humor durante todo o período em que ficou no hospital. "Ele estava consciente e reclamando que não deixavam ele comer serigüela", contou a viúva, que estava casada com o ator havia cinco anos. Norton Nascimento tinha três filhos: Luana, Lucas e Yasmin, todos da primeira esposa, Rosana.

Além dos familiares, compareceram ao velório na noite de sexta alunos do grupo de teatro do ator, que em outubro havia estreado a peça "Adão e Eva - Um clássico", produção evangélica com temática relacionada à doação de órgãos.

Transplante

Norton Nascimento estava com 45 anos e havia se submetido a um transplante de coração em 19 de dezembro de 2003 para correção de um aneurisma da aorta, um problema congênito. Na época, ele ficou 53 dias internado e chegou a passar quatro deles sem coração, vivendo com auxílio de aparelhos.

Entre seus trabalhos na TV estão as novelas "As filhas da mãe" (2001), "A próxima vítima" (1995), "Fera ferida" (1993), "De corpo e alma" (1992) e o filme "Carlota Joaquina - princesa do Brasil" (1995). Seu último trabalho foi "Maria Esperança", que foi ao ar neste ano pelo SBT.

Após o transplante de coração, Nascimento se dedicou a atividades em prol de entidades assistenciais. Em 2004, Norton Nascimento participou de uma campanha do governo federal que incentivava a doação de órgãos.

Fonte: globo.com

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Muçulmano defende judeus de ataque anti-semita.
2007/12/12 | 18:05
Incidente aconteceu no metro de Nova Iorque com grupo de cristãos.

Um estudante muçulmano defendeu um casal judeu de um ataque anti-semita no metro de Nova Iorque, cometido por um grupo de cristãos. Hassan Askari foi descrito como um herói.

O incidente aconteceu na passada sexta-feira, depois de Walter Adler, um jovem judeu de 23 anos, ter entrado numa carruagem de metropolitano numa estação da linha Q com a namorada e dois amigos.

Contudo, a viagem entre Manhattan e Brooklyn foi marcada por um incidente violento, quando o grupo se cruzou com um outro de oito homens e duas mulheres que lhes disseram «Feliz Natal». Adler e a namorada responderam «Feliz Hanuka» (o nome de uma festa judaica que também se celebra nesta época do ano).

Do outro lado, seguiu-se uma reacção agressiva. Foi exibida uma tatuagem de Jesus Cristo com uma afirmação pouco amigável. «Feliz Hanuka foi quando os judeus mataram Jesus Cristo». E seguiu-se um episódio de agressões gratuitas, por parte do grupo cristão aos jovens judeus.

Segundo disse Adler ao jornal New York Post, Hassan Askari defendeu os agredidos de imediato, permitindo-lhe accionar o travão de emergência.

«Um jovem muçulmano que intervém e ajuda um judeu durante o Hanuka, é um milagre», disse o agredido, descrevendo Hassan como um «herói».

Askari preferiu não dar grande importância à sua atitude, realçando apenas que fez o que «tinha que fazer» e que tinha sido educado dessa forma.

O incidente terminou com a detenção dos dez agressores.

Fonte: Portugal Diário.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS.

Igreja Universal é condenada a indenizar mulher por má-fé.

Publicada em 04/12/2007 às 21h01m
Carolina Brígido - O Globo

BRASÍLIA - A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada por receber um automóvel como doação sem o consentimento da proprietária. Segundo o processo, Edilene Ferreira dos Santos estava deprimida e doou todos os bens à igreja por pressão de representantes do templo que freqüentava. Quando não tinha mais nada, pediu à mãe, Gilmosa, para assinar em branco o documento de transferência do carro dela sob o pretexto de que venderia o automóvel para comprar um mais novo. Com o documento, a filha doou para a igreja também o carro da mãe, um Golf ano 1998. Agora, a Universal vai ter que devolver o automóvel e pagar indenização de R$ 10 mil a Gilmosa.

A decisão foi tomada na última sexta-feira pelo juiz Jeová Sardinha de Moraes, da 7ª Vara Cível de Goiânia. Em depoimento, Gilmosa alegou que, ao perceber o que havia acontecido, ela tentou reaver o veículo. Mas teria sido "maltratada, agredida fisicamente e exposta à humilhação por integrantes da igreja". Relatos de testemunhas comprovaram a versão de Gilmosa. Na sentença, o juiz determinou que o veículo fosse restituído imediatamente, com pagamento adicional referente para ressarcir a proprietária de eventual depreciação e desgaste do bem.

A humilhação será compensada com o pagamento da indenização de R$ 10 mil. "A potencialidade da ofensa se eleva mais ainda ao concluir que ocorreu no interior de um templo religioso, onde, objetivamente, espera-se reinar a paz espiritual", escreveu o juiz na sentença. Ainda cabe recurso da decisão.

De acordo com o processo, depois da morte do pai, em janeiro de 2005, Edilene teria caído em depressão. Fragilizada, a filha começou a freqüentar cultos da Igreja Universal do Reino de Deus, onde teria sido pressionada a fazer muitas doações financeiras. Em troca, era prometida a ela "retribuição em dobro". A viúva contou que, antes de doar o carro da mãe, Edilene vendeu todos os utensílios domésticos e móveis dela, inclusive a cama em que dormia, para entregar o dinheiro à igreja.

O juiz convenceu-se da "inconteste" má-fé da igreja ao aceitar um veículo de quem não era proprietária. "A igreja agiu através de Edilene, a qual disse em juízo com todas as letras que, vencida pela pressão pastoral, convenceu sua mãe a assinar o documento de transferência do veículo (DUT), sob o argumento de que o estava vendendo. Edilene não foi contestada pelos representantes da igreja", lembrou o magistrado.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS.


Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007
Evangélico danifica imagem de igreja católica.

Fonte: A Tarde On Line

Arnóbio Oliveira mostra imagem

O frequentador da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcus Vinícius Santos Catarino, 31, foi ouvido na 1ªCP (Delegacia dos Barris) na última quinta-feira, 29, sob acusação de destruir uma imagem da igreja católica Nossa Senhora de Santana, localizada no Aquidabã. Ele foi ouvido pelo delegado titular Omar Leal e liberado em seguida. ”Não fui convencido de que ele agiu com o propósito de danificar a obra”, informou.
O caso aconteceu por volta das 11h, quando alguns fiéis oravam enquanto seis funcionários dedicavam-se ao trabalho de restauração do altar do Santíssimo Coração de Jesus, ao lado do principal. Um dos funcionários viu o homem em cima do altar de São Benedito com a estátua nas mãos acima da cabeça. “Ei, que serviço é esse?“ gritou, achando se tratar de um restaurador. O jovem assustou-se e, na fuga, jogou no chão a imagem de São Benedito com o Menino Jesus nas Mãos, de importante valor histórico, danificando-a completamente.
Marcus Vinícius correu, mas foi detido por policiais militares. Na 1ªCP, ele declarou que tomava remédio controlado. Segundo o delegado, ele tem ficha limpa. ”Percebemos logo que ele tem problemas”, disse Leal, fundamentado apenas no argumento da mãe, que levou uma receita de remédio ”tarja preta” para a delegacia. O desempregado Marcus Vinícius informou que tomava o antidepressivo Diazepan em Ilhéus, onde morava, mas suspendeu a medicação porque ”estava dando muito sono”.
Ele contou que frequenta diariamente a Igreja Universal do Reino de Deus, no Aquidabã, onde está acontecendo a Corrente dos Revoltados. ”Nasci revoltado, sou revoltado e vou sacrificar ”, é o lema que está escrito no fundo do encosto de todas as cadeiras do templo. “A corrente fala da revolta do homem e que ela é causada pela perseguição do demônio“, disse.
Na quarta passada, um dia antes de depredar a imagem católica, Marcus Vinícius assistiu a uma palestra proferida pelo Pastor Jairo. ”Ele lembrou de uma passagem do Evangelho que fala sobre a destruição de imagens, e citou como exemplo a Igreja de Santana, que é a mais próxima”, disse Vinícius, ressaltando, no entanto, que o pastor não lhe sugeriu nada.
No dia seguinte, ele conta que, ao passar pela frente da Igreja de Santana, sentiu ”uma coisa estranha” que o fez entrar. Sentou em um banco, nos fundos. ”Quando olhei para o lado, vi uma imagem de cor negra segurando Jesus Cristo. Achei que era o demônio que estava sorrindo para mim”, disse. Ele explica que subiu no altar porque queria ”tocar na imagem para provar que não era”

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

IGREJA CATÓLICA

Padre pedófilo é condenado a 10 anos de prisão nos EUA
Agência AFP
03/12/2007 (22:38)

Um ex-padre católico foi condenado nesta segunda-feira a dez anos e quatro meses de prisão, após admitir que realizou atos de pedofilia com dois menores, informou uma fonte judicial da Califórnia.

Michael Stephen Baker, de 59 anos, assumiu a culpa e evitou assim uma pena mais severa.

Os três anos que Baker já passou na prisão serão descontados do tempo total da pena, por decisão do juiz Curtis Rappe, do tribunal de Los Angeles.

A Igreja Católica americana, que tem 69 milhões de fiéis, é abalada desde 2002 por uma série de escândalos envolvendo padres pedófilos, que manchou sua reputação e prejudicou suas finanças com indenizações milionárias.

Segundo a organização "Bishop Accountability", cerca de 3.000 padres já foram denunciados por pedofilia nos EUA.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ASSEMBLÉIA DE DEUS.




26/11/2007 16:15:45
Suspeito de matar turista italiano se entrega à polícia

Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro

Suspeito de assaltar o turista italiano Giorgio Morasse, na última semana, Rodrigo Carvalho Cruz, o Tico, 20 anos se apresentou na segunda-feira na Polinter-Divisão de Capturas, na Zona Portuária. Ele chegou acompanhado de um pastor evangélico. Tico é morador do Morro do Cantagalo, em Copacabana, Zona Sul da cidade, que já havia cumprido pena em uma instituição para menores infratores por prática de roubo, em 2004.

Ele confessou ter roubado o turista, mas negou que tenha assassinado a vítima. Depois de arrancar o cordão do pescoço do pai de Giorgio, Tico tentou escapar numa bicicleta quando o italiano reagiu e foi jogado com um safanão na pista, sendo atropelado por um ônibus.

O corpo do turista italiano foi cremado na quinta-feira e segundo o cônsul-geral da Itália no Rio, Ernesto Massimo Bellelli, a cerimônia ocorreu no Forno Crematório do Rio de Janeiro, no Caju, com a presença do pai, do irmão Victor Morasse, e da família de sua noiva, que é brasileira. A mãe, por estar muito abalada, não foi à cerimônia.

A Justiça decretou a prisão temporária do suspeito de ter causado a morte de Giorgio Morasse, segundo o delegado Fernando Veloso, da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, responsável pelo caso desde quinta-feira. Ele deverá ser indiciado por latrocínio.

O delegado contou que Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como "Tico" foi reconhecido formalmente por fotografias pelo irmão da vítima. A foto ao lado foi divulgada pela polícia. Extra-oficialmente, o pai da vítima, uma amiga da família e um motorista de táxi também confirmaram as características físicas do suspeito.

Possuído

O pastor Isaías da Silva Andrade, que negociou a apresentação do assaltante do turista italiano em Ipanema à polícia, disse que Rodrigo Carvalho Cruz, o "Tico", de 20 anos, estava "possuído pelo demônio", quando roubou o cordão de ouro do pai do italiano Giorgio Morassi. No roubo, Giorgio acabou sendo empurrado para a Avenida Vieira Souto, em Ipanema, e foi atropelado por um ônibus.

Ele estava possuído. Legiões de demônio que fazem o homem roubar —, justificou o pastor da Igreja Assembléia de Deus.

Rodrigo Carvalho Cruz disse que apenas roubou o cordão de ouro do turista, mas não matou Giorgio Morassi, o filho do italiano assaltado. Ele disse que acabou largando o cordão, objeto do roubo, perto do local da confusão.

— Eu ia ficar com o cordão para mim. Não sou culpado (pela morte), só roubei. Não matei ninguém —, disse o assaltante.

Segundo o pastor, o assaltante procurou a sua igreja na quinta-feira. Lá, se alimentou, e recebeu orientações religiosas. A Divisão de Capturas da Polícia Civil (Polinter) já tinha informações de que ele estaria escondido nas proximidades da igreja, que fica perto da favela da Fazendinha, no Conjunto de Favelas do Alemão, subúrbio do Rio.

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=129881

É... Abre as portas das cadeias e solta todos os presos que seus crimes não foram eles quem cometeram, eles estavam possuídos pelo demônio... :P

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Negros evangélicos debatem racismo e discriminação nas igrejas
"São 15 milhões de pessoas pretas de cabeça baixa nas igrejas, achando que são descendentes do continente do demônio", afirmou o teólogo Walter Passos, no I Encontro Nacional de Negras e Negros Cristãos, realizado em Salvador no mês de abril. A iniciativa foi do Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos (CNNC), organização que vem debatendo a questão racial em diversas igrejas evangélicas em todo o país há cerca de um ano. Passos preside o CNNC, que é composto por fiéis de igrejas como a Presbiteriana, Batista, Adventista, Assembléia de Deus e a Metodista tendo a participação, até então, de estados como Rio de Janeiro, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Bahia. Criado a partir de debates e discussões por e-mails, o Conselho hoje vem promovendo encontros regionais, levantando o tema entre jovens e adultos negros - homens e mulheres evangélicas pelo país. Em entrevista, o presidente do CNNC falou ao Ìrohìn sobre este debate. Confira.
Jamile Menezes Santos, Estudante de Jornalismo da Faculdade da Cidade do Salvador
jamyllem@hotmail.com

Ìrohìn - São 15 milhões de evangélicos negros no Brasil. O que pensa este contingente hoje quanto às suas identidades negras?
Walter Passos - Os evangélicos são os que têm um processo de negação maior quanto ao seu pertencimento à comunidade negra. A pobreza e a desorganização, além da falta de políticas públicas, fazem com que nosso povo procure o mínimo de bens materiais através dos sacrifícios (ofertas), negando seu próprio ser. A discriminação em nenhum momento é questionada e nas igrejas históricas, o racionalismo branco é imitado. Em todas as três correntes do protestantismo no Brasil, a máscara branca está desfigurando a essência dos pretos e pretas e esse fato é um anti-evangelho de Yeshua (Jesus), que foi o mais importante preto da história da humanidade.

Ìrohìn - De que forma isso é visto nas igrejas?
Walter Passos - No comportamento dos (as) pastores (as), por exemplo, que se explica na formação teológica: as faculdades e seminários são formadores de teologias excludentes, baseadas no medo e na negação das raízes africanas. Os sermões, que seriam o grande alimento das comunidades, se tornaram mecanismos de dominação através da palavra e demonização das culturas africanas. Há um processo de branqueamento escandaloso nas lideranças pastorais negras. O mais difícil de encontrar é pastores pretos casados com mulheres pretas, porque o padrão de beleza europeu é propagado dentro das comunidades. Tudo que é belo é branco e tudo que é demoníaco é preto, por exemplo. A direção das igrejas não está com as lideranças pretas. Na Bahia, qual o pastor preto consciente que pastoreia uma grande igreja? Se somos 15 milhões, deveria haver pelo menos 650 mil pastores (as) pretos. Acontece que para estudar teologia é necessário ter condições financeiras e nosso povo não possui essas condições.

Ìrohìn - O Encontro Nacional, realizado em abril, reuniu expressivas delegações de diversos estados. Existem singularidades quanto ao engajamento por região?
Walter Passos - As diferenças são evidentes. O estado da Bahia é o que sofre a maior discriminação, tendo também a maior organização de juventude afrocentrada e atuante. A Bahia é um imenso paradoxo, porque somos a maioria da população preta que guardamos grandes ensinamentos ancestrais e o estado onde há menos políticas públicas de combate à discriminação.

Ìrohìn - Qual o papel dessa juventude?
Walter Passos - A juventude afrocentrada do CNNC é a espinha dorsal da organização, como está sendo em todo o Movimento Negro Brasileiro. A diretoria do CNNC Bahia é composta de 100% de jovens, sendo um marco na nossa organização no Brasil. Os jovens não aceitam as mazelas que as igrejas têm feito com nosso povo e são os grandes questionadores, não sentindo tanto temor das lideranças das igrejas como os idosos e adultos.
Ìrohìn – E o que é que o CNNC traz para o debate junto a esse público?
Walter Passos - A nossa luta se dá dentro do cristianismo, que participou ativamente da formação ideológica do Brasil: legitimou, abençoou, traficou, explorou e enriqueceu com tráfico dos nossos ancestrais, mantendo ainda uma violenta discriminação em todas as igrejas, seja a católica ou a protestante. Sendo assim, debatemos a discriminação racial e a sua superação dentro das igrejas cristãs, a luta como entidade preta cristã contra todos os tipos de exploração na sociedade, a organização do povo preto cristão, a propagação e a prática do pan-africanismo, a formulação de uma teologia preta e a questão de gênero, pois sabemos que a mulher preta é a mais discriminada dentro do cristianismo, além de outros temas. Trocamos informações, literaturas, realizamos encontros e aprendemos a ouvir os especialistas negros, porque sabemos que não podemos confiar nos teólogos (as) brancos e seu academicismo, o que é ideológico e visa manter a dominação e escravização mental do povo preto.

Ìrohìn - Um ponto central nesta discussão, para vocês, é a Escola Bíblica Dominical (EBDs). Por que é importante questionar essa Escola?
Walter Passos - A escola bíblica dominical dentro das igrejas históricas e pentecostais tem uma função de grande importância que é a formação do membro da igreja. A EBD é uma escola com objetivo de branqueamento, pois leva as pessoas negras, desde pequenas, à negação de suas origens. Ela reforça os preconceitos, acaba com sua auto-estima. Reforça o machismo, ensina um Deus branco baseado no medo, cópia do senhor de engenho. É necessária uma reformulação das EBDs, mas, nessa estrutura de igrejas que existe, é muito difícil.

Ìrohìn - Por que então não fundar uma outra Igreja, criar uma outra Bíblia?
Walter Passos - A função do CNNC não é formar uma nova denominação evangélica, mas, atuar dentro das igrejas de forma contundente. Queremos fundar a Comunidade Cristã Pan-Africanista, onde poderão atuar livremente e louvar a Yeshua conforme a sua africanidade. O CNNC não é uma igreja, mas uma organização pan-africanista. O cristianismo que temos hoje no planeta, e inclusive em várias regiões da África, é um cristianismo caucasiano deturpado. Os teólogos brancos, com mestrados e doutorados, conhecem a verdade e não ensinam. Há interesse ideológico em se manter um povo dominado. Estamos escrevendo o livro Cristianismo de Matriz Africana, objetivando informar o nosso povo preto dessas verdades escondidas.

Ìrohìn - Como é a reação dos (as) negros (as) evangélicos (as) ao serem chamados para este debate em suas igrejas? Há reações mais ou menos adversas em alguma delas?
Walter Passos - As reações são as mais diversas possíveis, porque a catequese católica e a forma de evangelização que sofreram os nossos ancestrais foram violentas e hoje a violência é ideológica. Os negros cristãos no Brasil estão com os olhos vendados e temem o inferno ensinado pelos brancos. Tenho conversado com pastores de diversas denominações e lideranças que sabem da discriminação racial e ficam calados, sendo co-participantes e alimentadores das mentiras. Por isso o CNNC não acredita e não participa do chamado Movimento Negro Evangélico (MNE) porque é um movimento que se apóia em organizações e lideranças brancas. Outro fator importante é que a luta pela emancipação do povo preto tem que ter a base familiar, e ainda não vi a maioria masculina dessas lideranças do MNE levar suas famílias para as reuniões. Será porque as suas mulheres são brancas e eles têm vergonha de suas companheiras? Como podem liderar e falar da discriminação racial se a própria família não é participante? Acreditamos que os pretos têm que trilhar os seus próprios caminhos e ditar as regras de sua própria emancipação.

Ìrohìn - Há a participação da Igreja Universal do Reino de Deus no CNNC?
Walter Passos - A questão da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) é bem interessante. No censo do ano 2000, possuía 2.101.887 membros, possuindo um poder imenso de comunicação. A IURD tem como chamamento a idéia da maldição hereditária. Hoje os negros lá se sentem amaldiçoados, todos os seus problemas são resultantes do chamado encosto que vem acompanhando a família desde a África. Sendo assim, se toma “fácil” nessas igrejas a comunidade negra enfrentar os graves problemas sociais que a afligem. A presença crescente de descendentes de africanos nessas igrejas é conseqüência da constante expulsão que sofrem nas igrejas históricas, na conversão forçada ao catolicismo, na falta de reação das religiões de matriz africana e seus paralelismos e sincretismo. São co­locados fora dos muros do bem- estar social e as fronteiras sociais se manifestam também religiosamente. A realidade dos pretos nestas igrejas é de extrema preocupação: explorados financeiramente e crendo numa falsa libertação, vivenciam um processo de alienação de seus problemas. Odeiam sua própria cultura, rejeitam sua história e permitem que a memória de seus ancestrais seja ultrajada, recebendo o rótulo de “demoníaca”.

Ìrohìn - E quanto aos adeptos do Candomblé?
Walter Passos - A liberdade religiosa tem que ser defendida. O que notamos é que algumas pessoas querem falar pela religião do candomblé e repetem a prática branca de falta de respeito com os negros. Antes de sermos religiosos, somos pretos. Posso mudar de religião, de opção sexual e de ideologia. Só não posso deixar de ser preto-africano no Brasil.

Ìrohìn - De que maneira o CNNC atua frente à intolerância religiosa de setores evangélicos contra as demais crenças de origem africana?
Walter Passos - A nossa organização é contrária aos ataques perpetrados pelas igrejas evangélicas às crenças dos nossos antepassados e de nossos irmãos. Todas as igrejas evangélicas são desrespeitosas com as crenças de matriz africana. Há vozes proféticas em diversas denominações, mas a prática é de extrema violência e falta de respeito. Os pretos evangélicos não são os culpados pela falta de respeito, muitos são repetidores dos ensinamentos deformados das igrejas.

Ìrohìn - Pan – Africanismo e Religiosidade. Qual a relação e de que forma o CNNC vem integrando ambos os temas pelo Brasil?
Walter Passos - O Pan-Africanismo é a saída para a união do povo preto nessa diáspora forçada. Quando o CNNC se coloca como uma organização pan-africanista é para desmistificar a idéia pregada de ecumenismo das igrejas protestantes, baseado em palavras que mantêm nosso povo afastado de suas decisões “ecumênicas”. O Ecumenismo é a grande mentira das igrejas brancas. Temos que ter uma preocupação com o nosso povo e essa preocupação é um ato de espiritualidade e prática. Lutamos por uma organização de autogestão e o CNNC, com seu teor pan-africanista, acredita que o próprio povo tem que se libertar da segunda escravidão que o levou à inércia em relação aos seus próprios problemas.

Ìrohìn – Quais os principais resultados do Encontro Nacional?
WP - O Encontro Nacional foi uma grande vitória do povo preto, independente de religião, mostrando que podemos ter um objetivo de liberdade. As mulheres e homens pretos só podem louvar em comunhão quando aquelas e aqueles que se dizem irmanados na mesma fé de Yeshua reconhecerem que o racismo, antes de ser ontológico, é moral. Que temos o direito de desenvolver os nossos destinos através da nossa identidade africana, representado a nossa corporalidade através da nossa ancestralidade. Enquanto isso não ocorrer e houver a exploração da comunidade branca sobre o nosso povo, a comunhão não existe, porque estaremos mentindo para nós mesmos, enganando nossos jovens e alienando nossas crianças. Não há comunhão sem a real vivência do evangelho de justiça de Yeshua.

Conheça mais sobre o CNNC em www.negroscristaos.com.br .

http://www.irohin.org.br/imp/template.php?edition=20&id=96

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

23/03/2004 - 03h19
Universal terá de indenizar família de mãe-de-santo em R$ 1,4 milhão.
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

A Justiça de Salvador condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a pagar uma indenização de R$ 1.372.000 aos familiares da ialorixá (mãe-de-santo) Gildásia dos Santos e Santos. Em outubro de 1999, o jornal "Folha Universal" --que pertence à igreja-- publicou uma foto da ialorixá para ilustrar a reportagem "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". A mãe-de-santo morreu em 2000.

Na sentença, o juiz Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 17ª Vara Cível de Salvador, disse que a Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada por danos morais.

Além da indenização aos familiares da mãe-de-santo baiana, o magistrado determinou que sua sentença seja publicada em dois números consecutivos do jornal da igreja. Carrilho Rosa também fixou em R$ 5.000 a multa diária pelo eventual descumprimento da sentença.

A Igreja Universal do Reino de Deus tem até o próximo dia 30 para recorrer da decisão. A reportagem não conseguiu localizar os dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus no principal templo da entidade em Salvador. Nos telefones da igreja em São Paulo e no Rio de Janeiro, ninguém atendeu aos chamados.

"A decisão da Justiça baiana é uma vitória do candomblé. Nós, adeptos do candomblé, sempre fomos perseguidos pela intolerância religiosa da Igreja Universal do Reino de Deus", disse a ialorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha e sucessora de mãe-de-santo.

Na foto publicada, Gildásia dos Santos e Santos aparece ao lado de recortes oferecendo serviços de ajuda espiritual para resolver problemas. O texto afirma que o "mercado de enganação" estava crescendo muito no Brasil.

Segundo familiares da ialorixá, a foto utilizada para ilustrar o texto da Igreja Universal do Reino de Deus foi originalmente publicada pela revista "Veja" --na época, a mãe-de-santo defendia o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
15/11/2007 (21:07)
População vai às ruas em nome da paz e da fé.
Fernando Vivas / Agência A TARDE


EMANUELLA SOMBRA E DANILE REBOUÇAS, do A Tarde

Num bairro tradicionalmente marcado pela presença de terreiros de candomblé, a liberdade de culto continua movendo manifestações, como a ocorrida nesta sexta no Engenho Velho da Federação. Ao som de tambores e instrumentos de sopro, cerca de 500 pessoas participaram da III Caminhada contra a Violência e Intolerância Religiosa e pela Paz.

A equede Zene Santos tentava fazer com que sua explicação fosse ouvida, enquanto uma forte percussão dava ares de festa ao movimento. Os organizadores pediam um convívio pacífico com os evangélicos locais, ao tempo em que a religiosa – braço direito de mãe Val, do Terreiro do Cobre – lembrava das constantes intimidações defronte dos terreiros, tentativas desrespeitosas de conversão dos filhos-de-santo e das menções pejorativas de alguns cultos cristãos locais.

Mãe Raimunda, do Terreiro de Bobonissema, citou vezes em que “os crentes até jogavam pedras em cima de sua casa”. Fora as agressões verbais, freqüentes, num bairro crivado de novas igrejas, improvisadas em antigos supermercados e outros pontos comerciais. Por onde o cortejo passou, as portas fechadas em vários desses templos chamavam atenção, mas talvez fossem sinal da tranqüilidade comum dos dias de feriado.

Uma das participantes, a vereadora Olívia Santana (PCdoB), foi moradora do Engenho Velho por 15 anos e pontuou a importância de haver “não só no bairro, mas em toda a cidade, uma convivência mais pacífica, sem uma religião querendo substituir a outra”. Olívia é autora do projeto de lei que criou o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro. A data foi a mesma da morte da ialorixá Gildásia Santos, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, que faleceu de infarto há sete anos após ser vítima de preconceito religioso.

Como parte das manifestações pela Semana da Consciência Negra, outra caminhada – de cunho nacional, com propósito semelhante – partirá do Engenho Velho, dia 25, e fará um abraço simbólico ao Dique do Tororó.

PAZ – Manifestação semelhante foi realizada por moradores da Boa Vista do Lobato, Alto do Cabrito e adjacências. Eles foram às ruas em protesto contra a violência, organizado pela paróquia Sagrado Coração de Jesus (Alto do Cabrito). No meio dos jovens e adultos, as crianças se destacavam, representando a maioria.

Pequenos no tamanho e na idade, mas conhecedores da realidade local. Quando questionadas, as crianças não hesitaram em contar casos de violência presenciada dentro da escola, na rua ou até mesmo em casa. “Meu colega levou uma faca pra sala e ameaçou outro, lá também tem muita briga, e os meninos saem feridos”, relatou Giovana Oliveira, 8 anos, estudante da 2ª série da Escola Daniel Borges.

“Eu já vi morte aqui no bairro e a gente tem que lutar contra isso”, disse Lara de Souza, 8 anos. Somente este mês, Lara já participou de três caminhadas pela paz. Ontem, sua mãe, Claudinice de Souza, a acompanhava. “Temos que enfrentar a violência, precisamos mudar esse cenário para proteger nossos filhos”, disse.

O aumento nos índices e tipos de violência no Cabrito e Lobato motivou a manifestação. De acordo com o organizador, José Carlos da Exaltação, além dos homicídios freqüentes na localidade, têm acontecido também roubos a casas e assaltos com uso de moto. “Vivemos em um clima de insegurança, e o poder público precisa olhar por nós”, declarou.

Juntos, Alto do Cabrito e Boa Vista possuem cerca de 52 mil habitantes, segundo a associação dos moradores (Amaca). No entanto, não há na região escolas de ensino médio, faculdades, nem área de lazer. O transporte público é precário (10 carros atendem às duas localidades), há carência de postos de saúde e saneamento básico (32 ruas não possuem rede de esgoto e pavimentação).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ISLAMISMO

“Carne de porco provoca homossexualidade”, diz site muçulmano.

O consumo de carne de porco transforma heterossexuais em homossexuais. A afirmação, divulgada no site da organização muçulmana Ahmadiyya, está provocando polêmica entre os homossexuais de Berlim e entre os opositores à construção de uma mesquita da mesma organização na região leste da capital alemã.

A organização muçulmana Ahmadiyya, originária da Índia, está construindo atualmente no bairro de Heinersdorf a primeira mesquita da região leste de Berlim.

“Este modo de raciocinar dos Ahmadiyya contradiz a Constituição alemã. E não queremos que seja difundida entre nós”, disse nesta segunda-feira ao jornal “Berliner Zeitung” o porta-voz do movimento de protesto contra a construção da mesquita, Joachim Swietik.

No artigo publicado na internet, a autora muçulmana se baseia nas afirmações do falecido líder da comunidade Ahmadiyya, Kalif Mirza Tahir Ahmad, segundo o qual “a crescente tendência à homossexualidade tem relação com o consumo de carne de porco em nossa sociedade”.

“Estas afirmações equivalem a uma perseguição espiritual”, criticaram associações de homossexuais berlinenses.

“O artigo apresenta uma suposição, não uma afirmação”, defendeu-se o presidente da comunidade Ahmadiyya na Alemanha, Abdullah Uwe Wagishauser, segundo o qual “é sabido que a alimentação tem um efeito sobre o corpo humano e seu comportamento moral”.

“Também os homossexuais são bem-vindos na mesquita”, acrescenta Wagishauser, que afirma não querer disseminar o ódio contra esse grupo na sociedade. Berlim, capital européia famosa por sua liberdade, atualmente é governada por Klaus Wowereit, político declaradamente homossexual do Partido Social-democrata (SPD).

Fonte: Folha Online

Fé em Deus está nos genes, diz cientista americano

26/12/2005 - 11h26
Fé em Deus está nos genes, diz cientista americano
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CLAUDIO ANGELO
da Folha de S.Paulo

O geneticista norte-americano Dean Hamer, 54, parece ter uma predisposição inata à polêmica. Em 1993, afirmou ter descoberto um trecho do DNA, que batizou Xq28, supostamente responsável pela homossexualidade masculina. A descoberta lançou à fama e depois ao escárnio --quando outros cientistas falharam em replicá-la-- o campo da genética comportamental, do qual é pioneiro.

Agora Hamer volta à carga, metendo a mão numa cumbuca literalmente sagrada. Seu último livro, recém-lançado no Brasil, se chama "O Gene de Deus" (Ed. Mercuryo). E, sim, tenta sustentar que a crença no criador também é geneticamente determinada.

Antecipando as críticas --que vieram assim mesmo, quando o livro saiu nos EUA, no ano passado--, Hamer diz logo que não se trata de "o" gene, mas de "um gene entre vários". E, ah, não é exatamente deus, mas uma predisposição à crença, que ele chama de "espiritualidade".

O tal gene, isolado por Hamer e sua equipe no Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, é identificado pela sigla vmat2. Ele estaria envolvido no transporte de uma classe de mensageiros químicos do cérebro conhecidos como monoaminas, do qual o mais famoso é a serotonina, a molécula do bem-estar. O ecstasy, o Prozac e outras drogas influenciam o humor alterando os níveis de serotonina no sistema nervoso.

As evidências de seu envolvimento com a espiritualidade vêm de análises genéticas conduzidas pelo grupo de Hamer em vários conjuntos de pacientes, mas que começaram com um grupo de tabagistas. A associação foi feita com o auxílio de um teste psicométrico --baseado em um questionário-- elaborado pelo também americano Robert Cloninger para aferir a chamada "autotranscendência", ou a tendência ao pensamento místico. Não confundir, no entanto, espiritualidade com religião, que o geneticista diz ver como um dos maiores "perigos" para a humanidade.

Hamer admite que as evidências são incipientes, mas, em entrevista à Folha, defende a teoria do gene divino. Leia a entrevista.

Folha - O biólogo Richard Dawkins disse dos genes: "eles nos criaram, corpo e mente". Eles criaram deus também?

Dean Hamer - Eu não posso determinar se deus é uma criação dos nossos genes ou se deus criou nossos genes para que ele pudesse ser reconhecido. Porque a biologia não pode determinar causalidade. O que podemos dizer é que nós temos genes que facilitam que pensemos em deus ou que imaginemos que exista um deus.

Folha - No seu livro "O Gene de Deus" o sr. tenta fazer uma distinção entre religião e espiritualidade. Pode explicar isso?

Hamer - É uma distinção muito importante. A espiritualidade diz respeito aos sentimentos interiores das pessoas. E a religião é um conjunto organizado de regras e regulações. A espiritualidade é como as pessoas se sentem sobre deus ou qualquer que seja o criador, enquanto a religião é especificamente sobre quem é esse deus e como ele age.

Folha - Então um título mais adequado para o livro seria "o gene da fé", não "o gene de deus"?

Hamer - Um título mais apropriado seria "um gene entre vários que está envolvido na fé". Mas isso não dá um título muito bom (risos).

Folha - Há casos em que pessoas que têm pontuação alta na escala de autotranscendência se tornam mais tarde céticas linha-dura?

Hamer - Provavelmente (risos). De fato, é uma boa questão, porque a escala é multifacetada, e você pode ter alta pontuação em alguns aspectos e baixa pontuação em outros. Eu, por exemplo, tenho alta pontuação no item do auto-esquecimento, em me perder em algo que estou fazendo e me desligar do resto, mas baixa pontuação em aspectos mais tradicionalmente associados à religiosidade. Por exemplo, não acho que existam coisas que a ciência não possa explicar.

Folha - E o que controla a freqüência desse gene na população?

Hamer - Ai, meu deus (risos)...

Folha - Porque, se estamos falando de monoaminas, seria de esperar que o "alelo de deus" fosse se espalhar rapidamente.

Hamer - Sim, talvez ele esteja se espalhando muito rapidamente, mas nós não sabemos muito sobre a evolução desse gene. Não posso dizer muita coisa a respeito.

Folha - E o vmat2 não é específico de humanos, certo? Ele tem equivalentes em outros mamíferos.

Hamer - Não, não é. Sabe, eu não acho que seja "o" gene que torna as pessoas espirituais, só acho que seja parte da via bioquímica no cérebro das pessoas que é usada para esse tipo de sentimento ou resposta emocional. E essa questão é a mesma com outros genes: temos os mesmos genes que todos os outros mamíferos e podemos falar e eles não; podemos ter um nível de consciência mais elevado e eles não.

Folha - Por que as pessoas reagem tão fortemente contra a idéia de que comportamentos possam ser determinados ou influenciados geneticamente? Existe um gene que as predispõe a essa reação também?

Hamer - (Risos) Não. É porque todo mundo acredita que tem livre-arbítrio e controla o próprio destino, porque, de outra forma, nós seríamos só marionetes. Ninguém quer ouvir que é o que é não porque decidiu assim, mas por algo que estava fora do seu controle. Eu acho que há uma negação automática do papel dos genes. E repare: nós temos livre-arbítrio e tomamos decisões. Só que algumas pessoas são mais canalizadas em uma direção que em outra.

Folha - O sr. não teme que o vmat2 tenha o mesmo destino do Xq28, o "gene gay" identificado pelo sr. que não pôde ser replicado em estudos independentes?

Hamer - O Xq28 foi replicado por três estudos independentes. Só um não o replicou. Mas uma meta-análise mostrou depois que, quando todos os dados eram incluídos, a ligação era significativa. Em 1996, nós publicamos um estudo muito parecido na revista "Science" sobre o gene transportador de serotonina. Descobrimos uma relação forte com a ansiedade. Outros dois estudos não viram associação; a amostra era muito pequena. Desde então, houve 800 outros estudos experimentais e 14 meta-análises. Os resultados validam completamente o achado original. Este agora é o resultado mais amplamente aceito da genética comportamental. Jornalistas tendem a interpretar uma não-replicação de uma característica controversa como a homossexualidade como sendo uma invalidação.

Folha - Seguindo o seu raciocínio, haveria pessoas sem capacidade bioquímica para a crença, ou "ateus inatos", por assim dizer?

Hamer - Todo mundo tem essa capacidade. Só que algumas pessoas têm um pouco mais, assim como todo mundo tem a capacidade de chutar uma bola de futebol, mas algumas pessoas têm mais talento.

Folha - Os psicólogos evolutivos, como Steven Pinker, da Universidade Harvard (Estados Unidos), recusam-se a enxergar a evolução da religião como uma característica adaptativa, encarando-a como um subproduto de alguma outra adaptação. O sr. concorda?

Hamer - O problema com a biologia evolutiva é que não há teste experimental conclusivo de nada. Então, a única maneira de ter certeza é montar um experimento no qual eu controlo as variáveis e depois ver o resultado. Não posso fazer isso com evolução porque não posso rebobinar a fita, criar um novo Universo e testar as coisas. Então, eu acho que a religião é muito disseminada e muito conservada para ser simplesmente um subproduto. Mas não posso ter certeza absoluta. Ele [Pinker] também não (risos). Há um preconceito da ciência contra a religião, especialmente forte nos EUA, e às vezes ele aparece nas opiniões das pessoas.

Folha - O sr. menciona no seu livro que milagres e curas religiosas estão ficando raros porque as pessoas tendem a confiar mais em médicos do que em padres. Ao mesmo tempo, a religião está cada vez mais forte, como atesta o fundamentalismo cristão nos EUA e o islâmico no Oriente Médio. Não há uma contradição aí?

Hamer - Sim. O que acontece é que a religião, como é algo memético [que se propaga por idéias, não por genes], não tem as limitações de ser boa para os seres humanos como a espiritualidade. Os memes [religiosos] têm vida própria, e agora eles estão em seu momento de florescimento máximo na história humana. E isso é muito perigoso para o mundo. As pessoas se preocupam muito com bombas atômicas e poluição... eu acho que religião é um perigo muito maior para as pessoas --a religião que não é delimitada pela espiritualidade. E dou um exemplo: a Igreja Católica declarou que as pessoas não devem usar preservativos. O problema é que, com a disseminação do HIV, isso se torna uma sentença de morte para algumas pessoas. Para mim, não é muito espiritual dizer às pessoas que elas não podem fazer algo para proteger sua vida.

ESPIRITISMO.

09/08/2007 - Fonte: A Tarde
MP defende espaço igual na TVE para as religiões.

A Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa do Ministério Público da Bahia (MP) recomendou à TVE espaço igual para religiões na sua grade de programação. A medida respondeu a uma representação feita pelo médium espírita José Medrado.

No documento, ele reivindicou tratamento igual ao dispensado à Igreja Católica, que tem algumas de suas missas transmitidas Ouvido pelo promotor Almiro Sena, titular da promotoria, no último dia 30, Pola Ribeiro, diretor do Instituto de Radiofusão do Estado da Bahia (Irdeb), do qual a TVE faz parte, disse não ter espaço para atender ao pedido. Sua alternativa então seria tirar as missas da grade de programação.

A TVE transmite aos domingos, a missa do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo, e a celebrada na Igreja do Bomfim, em Salvador, nas primeiras sexta-feiras do mês. “A Constituição, em seu artigo 19, diz que o Estado, que é laico, não pode subvencionar nenhuma religião.

Se a TVE é uma instituição pública está de certa forma infrigindo este princípio”, avalia o médium.

AUDIÊNCIA – Mas, segundo ele, sua intenção ao fazer a representação no dia 22 de maio, foi garantir igualdade de condições para todos os credos. “Não pedi suspensão das missas, mas espaço para o espiritismo e outras religiões”. O promotor de justiça, Almiro Sena concorda com o médium.

“O Estado realmente não pode privilegiar nenhum segmento religioso.

A idéia não é impedir a missa, e sim incentivar a pluralidade religiosa”. A missa do Santuário de Aparecida, que é gerada pela TV Cultura de São Paulo e retransmitida pela TVE aos domingos é, segundo dados do Irdeb, vice-líder de audiência em Salvador e sua região metropolitana no horário das 8 às 9 horas. Cerca de 230 mil pessoas a assistiram em junho. O Irdeb passou a medir a audiência de sua programação há dois meses.

O diretor do Irdeb, Pola Ribeiro, afirma que a pluralidade é um objetivo da sua gestão, mas afirma que obedecer à pluralidade religiosa é uma ação complexa. “Defendemos a pluralidade, mas não podemos transformar a TVE em uma rede religiosa. Temos muitas outras demandas”, acrescenta.

Segundo o diretor, não há data definitiva, mas a missa de Aparecida sairá do ar. Já a do Bomfim ele espera poder manter. “Com a missa de Aparecida, temos cinco transmissões. Sem ela, teríamos apenas uma. Assim seria mais fácil proporcionar a diversidade. Vale também destacar que, diante das próprias características da Bahia, a Missa do Bomfim também interessa a outros credos, como pessoas de candomblé e umbanda”.

Ainda este mês, Salvador vai sediar um encontro de presidentes e programadores das emissoras educativas de todo o país. As mudanças na grade serão o tema em destaque. O coordenador da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Salvador, padre Manoel Filho, disse que a notícia de suspensão da transmissão da missa de Aparecida chega até a Igreja com preocupação e tristeza./ TRISTEZA – “A preocupação vem de uma possível beligerância entre denominações religiosas que parece ficar subentendida. Sempre tivemos boas relações e diálogo com espíritas como Divaldo Franco.

A tristeza vem de que a missa de Aparecida, como a do Bomfim, são também elementos culturais muito fortes para o nosso povo, que deixa de poder contar com esse espaço”, acrescentou.

Professor de direito constitucional da Faculdade Jorge Amado e da Escola Superior de Advocacia, da OAB-BA, José Amando Júnior, afirma que a base legal da representação do médium José Medrado está correta. Segundo ele, o mesmo princípio vale para as emissoras comerciais.

“Elas são concessões públicas.

Documentários e reportagens sobre religião podem ser transmitidos, mas um culto é a imposição de um determinado pensamento religioso, o que desobedece à Constituição”.

O advogado explica que o Brasil é um Estado laico, fundando no princípio federativo.

“Se o Estado privilegia um determinado segmento, está indo de encontro ao seu princípio federativo criando presumido risco de instabilidade social”. Segundo ele, a prerrogativa sempre é para o respeito à postura do Estado laico.

“Este, inclusive tem sido o norte de decisões do Tribunal Superior”, diz. Por meio da assessoria de comunicação, o setor jurídico da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) informou que, até o momento, nenhuma das suas associadas viveu qualquer tipo de contestação de transmissão religiosa. A entidade reúne apenas TVs comerciais (300) e 2.500 emissoras de rádio.


Outras religiões querem espaço na TV pública da Bahia.

MARJORIE MOURA E ZEZÃO CASTRO
mmoura@grupoatarde.com.br e jcastro@grupoatarde.com.br

Líder da religião anglicana na Bahia, o reverendo Josafá Batista diz que “não temos religião oficial, o Estado é laico, sendo assim, todos os órgãos públicos devem reservar espaço para todas religiões. A minha igreja também quer espaço na TVE”.

Por outro lado, “antes de alguém ter entrado com representação contra a TVE, deveria ter havido o diálogo”, diz o presidente da Associação de Patrimônio Banto, Tata Komannanjy. Para ele, “o que vemos é privilégio aos cristãos nos órgãos públicos. E a gente ainda ouve conversa de que o Estado é laico”, ironiza.

Nem todas as religiões arrecadam um dízimo gordo a ponto de ter caixa para comprar espaço nas emissoras particulares. Algumas delas, com a graça de Deus e a doação dos fiéis, conseguem bancar a expansão de seu credo.

No caso da Rede TV!, de segunda a sexta-feira, são transmitidos programas de igrejas como a Mundial do Reino de Deus, Universal do Reino de Deus (Iurd) e a da Graça em duas versões: Nosso Programa e No seu Lar. Aos sábados, são oito as diferentes agremiações religiosas que disputam a atenção e a fé do telespectador.

Não há dados sobre a audiência destes “programas”.

No extremo oposto, está a Rede SBT, que não transmite em sua programação nacional atrações religiosas, embora na grade da TV Aratu, sua afiliada local, sejam incluídos alguns horários vendidos para grupos religiosos.

A TV Record, pertencente à Iurd, mantém uma postura extremamente comercial. Apenas dois dos seus programas tratam diretamente das atividades religiosas, um na abertura e outro no fechamento da grade.

A TV Itapuã, afiliada local, mantém a linha. Já a Rede Bandeirantes, que veicula localmente o programa Visão social, do espírita José Medrado, retransmite produções de outras correntes religiosas, mas é, de longe, a mais eclética: aos sábados, entre a Ave Maria de um grupo e o Pai Nosso de outro, exibe filmes eróticos.

O Estado laico, a diversidade e as concessões públicas.

Malu Fontes*

Diante dos critérios pouco ou nada claros usados pelo governo federal para distribuir concessões de rádio e de televisão (uma prerrogativa exclusiva do Presidente da República), ironicamente se diz: hoje o controle das emissoras de rádio e TV no Brasil ou está no altar ou está no palanque.

Ou seja, para se obter uma concessão de emissora, é necessário estar à frente de uma instituição religiosa ou ter um mandato político-partidário. A prova disso é a quantidade de canais e de programas independentes de rádio e TV vinculados aos grupos religiosos neopentecostais e a quantidade de políticos que são donos de impérios de radiodifusão.

As chamadas bancadas evangélicas controlam centenas de emissoras e as utilizam tanto em nome de seus projetos políticos quanto para fazer apologia de suas crenças religiosas, arrebanhar fiéis e dizimistas e atacar as religiões alheias. Já as emissoras públicas adotam em suas programações transmissões da missa católica em algum horário de sua programação. Até bem pouco tempo, isso era tolerado com um certo silenciamento por parte das demais religiões e da sociedade como um todo. Hoje, no entanto, já está consolidada na opinião pública a idéia de que o Estado brasileiro é constitucionalmente laico, ou seja, não tem religião oficial.

Assim, determinados posicionamentos das emissoras, sobretudo as públicas, geram cada vez mais insatisfação na sociedade esclarecida. Do mesmo modo que se condenam as manifestações preconceituosas e discriminatórias propagadas por algumas emissoras neopentecostais. Em se tratando de um Estado laico, tanto não faz sentido um tribunal do Poder Judiciário, por exemplo, ostentar em suas paredes imagens de Jesus Cristo crucificado, como manter a transmissão da missa católica em uma emissora pública. A não ser que outras religiões tenham os mesmos direitos de ter e ver suas imagens, seus rituais e suas liturgias igualmente representados nas mesmas grades de programação.

Quanto às emissoras privadas, não deve se perder de vista jamais o fato de se tratar de concessões públicas, atribuídas pelo poder público provisoriamente a empresários para que estes as utilizem em nome da promoção da informação, diversidade e, sobretudo em nome do respeito à diversidade, tolerância e laicidade do estado brasileiro.

Portanto, vale perguntar: onde está o respeito a esses três princípios quando uma emissora dia sim e outro também encena midiaticamente apenas os seus ritos religiosos, ao mesmo tempo em que associa as demais religiões, como se faz com o candomblé e o espiritismo, a práticas demoníacas que provocam desgraças na vida das pessoas? Quanto às emissoras públicas, os tempos são outros e, se querem manter missas católicas em suas grades, melhor então repensar suas visões de diversidade e pluralidade e abrir espaço para outras manifestações, não apenas na grade do jornalismo, mas nos mesmos moldes com que fazem com as missas. Não custa lembrar: o estado é laico e a sociedade é plural.

*Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. E-mail: mfontes@grupoatarde.com.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"A terra é achatada, e qualquer um que negue essa afirmação é um ateu e merece ser punido."
Sheik Abdel-Aziz Ibn Baaz, autoridade religiosa suprema, Édito Muçulmano religioso, 1993, Arábia Saudita
"A Igreja diz que a Terra é achatada, mas sei que ela é redonda, porque vi a sombra na Lua, e tenho mais fé numa sombra do que na igreja."
Fernão de Magalhães

terça-feira, 6 de novembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS Vs, IGREJA CATÓLICA.

A Record vem exibindo o documentário "Sex Crimes And The Vatican" produzido pela BBC de Londres. O documentário trata da questão da pedofilia praticada pelos padres e como a Igreja Católica trabalha para abafar os casos e não punir os culpados na tentativa de evitar "sujar" o nome da instituição. Eu indico a todos este documentário, vale muito a pena assistir...
Mas como sempre, cada um dá a informação do jeito que melhor lhe agrada, e já percebi que a Record (=Igreja Universal, por mais que se tente dissociar uma da outra, mas é a mesma coisa) têm intensificado sua vingança contra o Catolicismo tratando bastante dessa ferida católica que é a pedofilia praticada por alguns padres.
Agora, será que eles vão falar do caso do garoto Lucas que foi estuprado e morto e depois teve seu corpo queimado por 1 pastor da Universal e que dois outros pastores ajudaram o assassino a se livrar do corpo?
O Papa em nome da imagem da Igreja Católica não permite que se faça justiça às crianças abusadas sexualmente por seus padres. Os da Igreja Universal do Reino de Deus pelo mesmo caminho... Macaco fala mas não olha o rabo, ou pelo menos acha que ninguém olha...
Conhecimento meus amigos, conhecimento é a chave da libertação!
"Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar."

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

IGREJA CATÓLICA

09/07/2007 - 16h23
Vaticano definirá Igreja Católica como 'única de Cristo'

Valquiria Rey - Roma - BBC BRASIL

O Vaticano deve divulgar nesta terça-feira um documento que define a Igreja Católica como a única igreja de Cristo.

O texto da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por promover e tutelar a doutrina da fé e a moral no mundo católico, deve esclarecer uma frase do documento Iumem Gentium ("A luz das nações", sobre a missão universal da Igreja), do Concílio Vaticano 2º, dizendo que a única Igreja de Cristo "subsiste" na Igreja Católica.

Durante o Concílio, uma reunião de bispos e cardeais realizada entre 1962 e 1965, a Igreja adotou mudanças, como a realização de missas nos idiomas modernos, e afirmou o respeito aos não-católicos.

Andrea Tornielli, vaticanista do jornal Il Giornale, afirma que o documento desta terça-feira também deve confirmar a declaração Dominus Iesus, aprovada pelo papa João Paulo 2º em 2000, segundo a qual apenas a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação.

A declaração causou, na época, protestos das igrejas protestantes, classificadas como simples "comunidades eclesiásticas".

Segundo Tornielli, o emprego do verbo "subsiste" no texto do Concílio Vaticano 2º gerou diversas interpretações nos últimos anos, apesar de a Dominus Iesus ressaltar que o Concilio Vaticano 2º queria dizer "existe realmente".

"O objetivo da nova declaração é combater o que o papa Bento 16 considera como 'relativismo eclesiológico', segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não têm mais que uma parte desta verdade", diz o vaticanista.

Judeus
A divulgação do documento ocorrerá poucos dias depois de o papa Bento 16 ter assinado decreto que dá mais liberdade para os sacerdotes celebrarem missas em latim, uma concessão aos tradicionalistas.

Em uma carta aos bispos de todo o mundo, no último sábado, o pontífice rejeitou as críticas de que sua atitude poderia dividir os católicos.

No entanto, o documento gerou mal-estar e, segundo especialistas, poderá ameaçar também o diálogo entre cristãos e judeus.

O problema é que a antiga liturgia, conhecida como missa Tridentina, inclui passagens nas quais se diz que os judeus vivem "na cegueira" e "na escuridão" e pedem que "o Senhor, nosso Deus, retire o véu dos corações deles a fim de que possam também reconhecer nosso Senhor Jesus Cristo".

Vincenzo Pace, especialista em Sociologia da Religião, afirma que os dois documentos do Vaticano, o desta terça-feira e o sobre a missa em latim, estão interligados.

Os documentos pretendem defender, de acordo com Pace, a fortaleza da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, afastar as modificações feitas pelo Concílio Vaticano 2º.

"Os novos documentos do Vaticano são coerentes. Seguem o pensamento do papa Bento 16, sempre muito dedicado à doutrina, ao princípio da autoridade e à idéia de que fora da Igreja não há salvação", diz Pace.

"Os tradicionalistas e fundamentalistas católicos eram contrários não apenas ao enfraquecimento das missas em latim, mas à abertura interecumêmica e à ausência da superioridade da Igreja Católica sobre as outras religiões."

sábado, 3 de novembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

Você lembra? Brasileiro tem memória curta...

A TARDE - 20/03/2004

A decisão do juiz Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 17ª Vara Cível de Salvador tem tudo para fazer história no combate à intolerância religiosa. No dia 13 de janeiro deste ano, o magistrado assinou sentença que obriga a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) a indenizar os familiares da ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em pouco mais de R$ 1,3 milhão, por danos morais. Em outubro de 1999, o jornal da igreja, Folha Universal, publicou uma foto de mãe Gilda numa matéria com o título “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A Iurd tem até o dia 30 de março para recorrer da decisão.

Além do pagamento da indenização, o juiz determina que a Iurd, que foi acionada conjuntamente com a Editora Gráfica Universal, publique na primeira página da Folha Universal e na capa do seu encarte Folha Dois o teor da decisão por dois números consecutivos. O descumprimento da decisão rende multa diária de R$ 5 mil.

A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso dos réus, mas já é considerada um grande passo na luta do culto africano contra a intolerância religiosa que vem perseguindo o candomblé e a umbanda nos últimos anos, inclusive, na Bahia, chamada de berço da cultura negra no Brasil.

“Essa não é uma vitória apenas da comunidade do Terreiro Axé Abassá de Ogum, mas de todo o povo do candomblé que sofre perseguição religiosa. Foram quatro anos de espera, de luta”, desabafa a ialorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha e sucessora de Mãe Gilda no comando da Casa, que fica em Itapuã.

A primeira vitória no processo tem toda uma simbologia para a comunidade do Axé Abassá, pois eles entendem o ataque como estritamente ligado à perda da sua sacerdotisa. Três meses depois de ter sua foto divulgada pelo jornal evangélico, Mãe Gilda morreu por conta de um infarto fulminante.

“ Minha mãe era hipertensa, mas tinha uma vida saudável, se cuidava, fazia hidroginástica. Depois da matéria no jornal da Universal, ela ficou extremamente deprimida, pois muita gente chegou até a imaginar, ao ver o jornal, que ela tinha se convertido à Igreja Universal. Foi muito desgastante. Ela assinou a procuração para que os advogados entrassem com o processo no dia 20 de janeiro de 2000 e morreu no dia seguinte”, relata Jaciara.

Um projeto de autoria da vereadora de Salvador, Olívia Santana (PCdoB), transformou o dia 21 de janeiro, data da morte de Mãe Gilda, em Dia do Combate à Intolerância Religiosa.

IMPEACHMENT – A foto utilizada pela Iurd no jornal é uma reprodução da que ilustrou a matéria da revista Veja, de 26 de setembro de 1992, sobre manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor. Na matéria da Veja, Mãe Gilda aparece com suas roupas de sacerdotisa, tendo aos pés uma oferenda pelo afastamento do presidente.

A imagem de Mãe Gilda foi reproduzida numa matéria do jornal Folha Universal da Iurd, edição de 26 de setembro a 2 de outubro de 1999, rodeada por recortes que oferecem serviços de ajuda espiritual para resolver problemas. O texto diz que estava crescendo no Brasil um mercado de enganação.

Na foto utilizada pelo informativo, Mãe Gilda aparece com uma tarja preta nos olhos. A capa do jornal traz informações de que a sua circulação é nacional, com tiragem de mais de 1 milhão e 372 mil exemplares, exatamente o valor da indenização em reais que agora a sentença judicial obriga a Universal a pagar aos familiares de Mãe Gilda.

“Nós tínhamos em casa guardada a reportagem da Veja. Um dia andando aqui em Itapuã eu recebo o jornal da Universal e dou com a mesma foto numa reportagem extremamente ofensiva. Dois meses antes o terreiro já havia sido invadido por membros de uma outra igreja evangélica, ou seja, foi o segundo ataque consecutivo que minha mãe sofreu por causa da sua crença”, narra Jaciara. A partir deste dia Jaciara apoiou a mãe a mover uma ação judicial. Com a morte de Mãe Gilda ela assumiu o comando da batalha.

“Corri atrás, busquei apoio e consegui a ajuda valiosa do pessoal da ONG Koinonia, que nos deu toda a assessoria jurídica. Chegamos a ir até Brasília, numa caravana que reuniu mais de 400 pessoas. Fomos recebidos pelo presidente Lula e entregamos a ele um dossiê sobre a intolerância religiosa que volta e meia atinge um terreiro aqui na Bahia. Agora finalmente ganhamos a primeira batalha”, relata Jaciara.

A ONG que deu a assessoria para o processo, a Koinonia, palavra que significa “comunhão”, foi criada há dez anos e trabalha em parceria com a Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais (AATR-BA). “O trabalho com os terreiros começou na área ambiental e daí foi percebida a necessidade que eles tinham no campo jurídico, para regularização de áreas, organização jurídica para os seus trabalhos sociais”, explica a advogada Helga de Almeida.
31/10/2007 - 16h19
Votação da lei contra a homofobia na Comissão de Direitos Humanos do Senado é adiada.
UOL News.

Depois de tramitar durante cinco anos na Câmara dos Deputados e ser aprovado no ano passado, o projeto de lei que torna crime passível de penas de até cinco anos de prisão a discriminação contra homossexuais (a "lei contra a homofobia"), está na CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado. A relatora do projeto na comissão, a senadora Fátima Cleide (PT-RO), já deu parecer favorável, mas a votação, que deveria ocorrer nesta semana, foi adiada para a semana que vem.

A relatora diz que não houve entendimento acerca da proposta e que vem "sofrendo bastante pressão, inclusive de setores que tínhamos como progressistas". A votação do projeto já havia sido suspensa em março, depois de grande reação contrária. Um grupo de trabalho foi instituído para discuti-lo, mas a nova proposta novamente encontrou resistência.

O maior grupo declaradamente contrário ao projeto é o dos senadores da Frente Parlamentar Evangélica, que apresentaram uma proposta em que pediam a retirada dos termos "orientação sexual" e "identidade de gênero" da proposta, o que a descaracterizaria. A relatora aposta, no entanto, nos avanços das negociações.

O texto, de autoria da ex-deputada paulista Iara Bernardi, amplia as leis que já proíbem a discriminação - mas que hoje se restringem a raça, cor, etnia, religião e procedência nacional - para também tipificar como crime o preconceito por "gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero". O projeto pede ainda uma alteração na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para que homossexuais não sejam impedidos de ser contratados ou de trabalhar por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O projeto, diz a relatora, visa garantir que os homossexuais - que hoje representam cerca de 10% da população brasileira ou 18 milhões de pessoas - não sofram violência em decorrência do preconceito ou da discriminação. Segundo ela, um homossexual é morto a cada dois dias no Brasil por conta de sua opção sexual.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM CRISTO

Fantasmas da Renascer receberam R$ 1 milhão da Assembléia.
Oito parentes do casal Hernandes foram nomeados na Assembléia pelo deputado Bispo Gê (PFL)

Angélica Santa Cruz - Estadão.

A lista de parentes dos fundadores da Igreja Renascer que foram funcionários fantasmas da Assembléia Legislativa de São Paulo já conta com oito pessoas. Lotadas no gabinete do deputado estadual Geraldo Tenuta (PFL), conhecido como Bispo Gê, elas receberam dos cofres públicos, desde 2003, pelo menos R$ 1 milhão - sem contar as gratificações que elevam esse valor em cerca de 70%.

Além dos filhos Fernanda Hernandes Rasmussen e Felippe Daniel Hernandes, e do genro Douglas Rasmussen - cuja presença na folha de pagamento da Assembléia foi revelada pelo Estado -, outros cinco familiares de Estevam e Sonia Hernandes foram nomeados para cargos comissionados e receberam salários e benefícios sem precisar cumprir expediente.

Pesquisa feita pelo Estado no Diário Oficial mostra que as nomeações no gabinete do deputado Bispo Gê eram distribuídas em esquema de rodízio.

Em 2003, por exemplo, entrou na folha de pagamento da casa José do Patrocínio Hernandes, irmão de Estevam Hernandes e administrador do haras em Atibaia que integra a lista de bens bloqueados da família. José do Patrocínio foi incluído como Agente de Segurança Parlamentar e ficou no cargo de abril de 2003 a abril de 2006, com salário-base mensal de R$ 3.039. Sem contar as gratificações a que teve direito, recebeu R$ 109.404. Filho de José do Patrocínio, Estevam Hernandes Neto entrou na lista com o mesmo cargo oferecido ao pai - e pelo mesmo período. Também ganhou R$ 109.404.

Mulher e mãe dos três filhos de Felippe Hernandes - conhecido como Bispo Tid -, Danielle Azar foi incluída no rodízio de fantasmas como Assistente Técnico Parlamentar. De março de 2005 a outubro de 2006 recebeu salário-base de R$ 5.754,78. Ao final dos 19 meses, saiu com R$ 109.306.

Para Frederico Alexandre Rasmussen - irmão de Douglas Rasmussen, superintendente da Rede Gospel e marido de Fernanda -, sobrou o cargo de Secretário Parlamentar, que ocupa desde março de 2003. Já recebeu, ao todo, R$ 214.200.

Ex-chefe de gabinete da vereadora Lenice Lemos São Bernardo, conhecida como Bispa Lenice (PTB), Eduardo Hernandes - sobrinho de Estevam Hernandes - também teve salário garantido no gabinete do Bispo Gê. Em maio de 2004 foi nomeado Auxiliar Parlamentar. Ganhou salário-base mensal de RS 5.700. E, no final, recebeu RS 45.600.

No site da Renascer, o deputado Bispo Gê divulgou nota afirmando que Fernanda e Douglas Rasmussen de fato exerceram funções em seu gabinete: “dentro da mais ilibada conduta ética e profissional, trabalhando em função das mais variadas atividades parlamentares junto às minhas bases eleitorais e absolutamente em consonância com o regimento interno da Assembléia Legislativa”.

domingo, 28 de outubro de 2007

ASSEMBLÉIA DE DEUS.

Sexta, 26 de outubro de 2007, 06h57

Programa evangélico pode ser reclassificado

O programa evangélico Vitória em Cristo, comandado pelo pastor Silas Malafaia e exibido pela Band, Rede TV! e CNT entre 12h e 17h, pode ser reclassificado pelo Ministério da Justiça para depois das 20h, informou o colunista Daniel Castro do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o Ministério, o programa contém "linguagem depreciativa e conteúdos verbais que expõem lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros a situações humilhantes ou degradantes".

Silas Malafaia, que pertence à Assembléia de Deus, faz campanha para que evangélicos peçam a senadores que não aprovem o projeto que torna crime a discriminação sexual e de orientação sexual.

O pastor afirma não ver problemas em criticar homossexuais, já que no Brasil, para ele, outras classes são criticadas sem represálias.

"No Brasil, você critica Deus, o Diabo, a Igreja Católica, os evangélicos, os políticos. Mas os homossexuais são incriticáveis. Se criticar, é chamado de homofóbico. Isso é pior do que Hugo Chávez e Fidel Castro. Já falei para o ministro Tarso Genro que, se censurarem meu programa, esse governo será chamado de preconceituoso", disse ele à Folha.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM CRISTO.

23/10/2007 - 18h30
Relatório do MP acusa Renascer de lavagem de dinheiro.

São Paulo - O promotor Marcelo Mendroni, do Ministério Público (MP) de São Paulo, apresentou hoje um relatório sobre investigações realizadas em três entidades filantrópicas mantidas pela Igreja Renascer em Cristo, acusando os bispos da igreja, o casal Estevam e Sônia Hernandes, de promover lavagem de dinheiro coletado junto aos fiéis. Mendroni obteve no dia 10 deste mês mandado de busca e apreensão nas entidades Núcleo Especial Renascer de Heliópolis (São Paulo), Centro de Recuperação de Santana (Santana do Parnaíba) e Casa Lar (Franco da Rocha).

Segundo o MP, as condições das unidades eram precárias. Para o promotor, isso mostraria que as instituições serviam de fachada para o enriquecimento dos líderes da Igreja Renascer. A busca foi realizada por membros do MP, do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia e oficiais de Justiça. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, em setembro do ano passado o casal Hernandes - que cumpre pena nos Estados Unidos por tentar passar pela alfândega sem declarar dinheiro que trazia escondido - foi ouvido sobre as acusações de lavagem de dinheiro e não apresentou notas fiscais que comprovassem as doações às entidades filantrópicas.

Mendroni, ao lado do delegado Antonio Sucupira Neto, do GOE, apresentou ainda fotos que comprovavam as más condições das entidades. Uma imagem mostrava feijão com data de validade vencida que seria consumido, outra mostrava crianças realizando a limpeza da unidade e outra, mais impressionante, mostrava um saco cheio de baratas mortas após uma dedetização.

'Ressentimento'

Por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, a Igreja Renascer em Cristo contestou o relatório do promotor e afirmou que Mendroni fez as acusações "talvez movido pelo ressentimento (está sendo processado pela Renascer)". A Igreja se disse "perplexa e indignada" e convidou a imprensa para conhecer as entidades filantrópicas citadas. "O promotor Mendroni, para que as luzes das tevês o iluminem, ouve apenas desafetos; ouve apenas pessoas desequilibradas, que pensam que assim se vingam de seus próprios fracassos."

Além de criticar o relatório, a Renascer ainda condena a ação para cumprir o mandado de busca e apreensão, realizada no dia 10. "Foram nestas entidades que, a pedido do promotor Marcelo Mendroni, o Grupo de Operações Especiais da Polícia, GOE, visitou - uma verdadeira tropa de elite, pesadamente armada, com metralhadoras e escopetas, apontadas para crianças, adolescentes e dependentes químicos em recuperação." A Igreja encerra a nota dizendo-se vítima de perseguição religiosa "das mais cruéis que se tem notícia neste País".

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS.

Igreja Universal vai recorrer para não devolver dinheiro a fiel.
12 de Setembro de 2007.


SÃO PAULO - O que era para ser apenas um ato de fé se transformou num pesadelo para o motorista Luciano Rodrigo Spadacio, de 28 anos, morador de Sud Menucci, a 560 quilômetros De São Paulo. Ele ganhou na Justiça, o direito de receber de volta R$ 2 mil de uma doação feita à igreja Universal do Reino de Deus. A Universal afirma que vai recorrer da decisão da Justiça. "A assessoria jurídica da instituição está providenciando as medidas necessárias", informou em nota.

- Teria sido melhor se isso tivesse acontecido com outra pessoa - afirmou.

Há dez anos, ele vendeu o único bem que tinha - um Del Rey - e entregou todo o dinheiro, cerca de R$ 2,6 mil, para um pastor da igreja Universal, com a promessa de que mudaria de vida. Em decisão inédita, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a Universal a devolver todo o dinheiro ao fiel, acrescido de juros. O TJ concluiu que Luciano foi induzido ao erro. O motorista entregou dois cheques ao pastor, na época. Ele conseguiu sustar um, no valor de R$ 600, mas o primeiro, de R$ 2 mil, chegou a ser resgatado.

Na época, Luciano morava com os pais no município de General Salgado, no interior de São Paulo.

- Vendi o carro porque realmente acreditava naquilo.

O motorista ia aos cultos da Universal quatro vezes por semana. Hoje, ele diz que não segue nenhuma outra religião.

- Depois disso, minha fé diminuiu - afirma.

Luciano disse que o dinheiro não vai mudar em nada a sua vida financeira, apesar das dívidas que têm.

- Me diz, quem não tem uma dívida? Mas não sei se vou ficar com os R$ 2 mil. Acho que vou comprar tudo em cesta básica.

Hoje, ele trabalha como motorista de uma destilaria em Sud Menucci e mora em uma república com o filho de quatro anos, deixado pela mãe. Por mês, ele ganha pouco mais de R$ 1,5 mil.

O ex-fiel explicou que foram os pais que o pressionaram a entrar com uma ação contra a igreja Universal do Reino de Deus.

- Eles sempre foram contra. Quando ficaram sabendo disseram que era um absurdo.

Quando ocorreu o fato, o motorista disse que era uma pessoa que "vivia a fé da igreja" e que o valor doado não importava.

- Na época, teria dado mais, se pudesse. Eu realmente acreditava que poderia mudar de vida - acrescentou.

De acordo com a decisão judicial, o fiel foi convencido a fazer o que não queria, com a promessa de que sua situação financeira melhoraria se entregasse o que tinha à igreja. Segundo o advogado de Luciano, ele deve receber o dinheiro dentro de dois meses.

Fonte: Globo Online

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS.

Igreja Universal tem de devolver doação a fiel arrependido.
10 de Setembro de 2007

A Justiça paulista condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a devolver R$ 2 mil, acrescidos de juros e correção monetária, desde janeiro de 1999, para um fiel arrependido da doação. A decisão, inédita, é da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os desembargadores entenderam que o motorista Luciano Rodrigo Spadacio foi induzido a erro, com a promessa de que, se entregasse o dinheiro à igreja sua vida iria melhorar.

“O aconselhamento acabou por induzir o apelante, que vinha a sofrer algum tipo de influência, a praticar ato por ele efetivamente não desejado”, decidiu o relator, desembargador Jacobina Rabello. Para o desembargador, a conduta esperada pela sociedade por parte de alguém que se denomina pastor seria aquela de orientação espiritual.

O caso de Luciano, hoje com 27 anos, começou em 1º de janeiro de 1999, quando foi abordado por um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. O pastor, de nome Márcio, convenceu Luciano a se desfazer de seus bens materiais e entregar o que arrecadou para a Universal. O motorista vendeu seu único bem, um automóvel Del Rey. Conseguiu R$ 2,6 mil e entregou tudo ao pastor. O sacrifício estava feito, faltava a recompensa.

Dias depois, Luciano se arrependeu, percebendo que fora vítima da fragilidade e do desespero por conta das dificuldades financeiras. Correu ao banco e conseguiu sustar um dos cheques (de R$ 600) que entregara ao pastor.

A mesma sorte não teve com o segundo, de R$ 2 mil. Alegando ser vítima de gozações e chacotas, o motorista entrou com ação de indenização, por danos morais e materiais.

Em primeira instância, a Justiça não reconheceu o direito de Luciano de ter o dinheiro de volta. O juiz Carlos Eduardo Lora Franco, da 1ª Vara de General Salgado (município localizado a 556 quilômetros da capital paulista), entendeu que o motorista não provou que passou por transtornos financeiros, nem que a doação teria ocorrido por força de erro ou por culpa do pastor da Igreja Universal.

O motorista bateu às portas do Tribunal de Justiça paulista contestando a sentença. Afirmou que ficou comprovado no processo que a suposta doação não foi espontânea, mas induzida pela promessa de dias de melhoria financeira feita pelo pastor da Universal.

O relator destacou, ainda, que não se justifica enriquecimento sem causa de uma parte em desfavor da outra. “A indução do autor em erro se revelou manifesta no caso, quer pelas condições em que se deu, quer pela extensão do risco a que se expôs”, completou.

O desembargador Carlos Teixeira Leite, um dos julgadores do recurso, argumentou que se a preocupação da Igreja era a de dar início a uma nova fase na vida do fiel, com a melhora da sua precária situação econômica, melhor seria que a Universal devolvesse logo o dinheiro por conta do arrependimento de Luciano.

A 4ª Câmara de Direito Privado, no entanto, não acolheu o pedido de Luciano na parte que reclamava indenização por danos morais. Para os desembargadores, o motorista não conseguiu provas que por conta do caso sofreu chacotas e gozações. “Determinadas condutas acabam necessariamente virando causa de comentários”, afirmou o relator. (Com informações da Revista Consultor Jurídico).

IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM CRISTO.

Igreja Renascer pode ter que devolver R$ 1,9 mi.
16 de Setembro de 2007 às 20:03:07

O Ministério da Educação foi recomendado pela Controladoria Geral da União (CGU) a exigir de volta o valor de R$ 1,9 milhões entregues à Fundação Renascer, no período de 2004 e 2005, para que realizassem programas de alfabetização de jovens e adultos e de capacitação de voluntários para o ensino, conforme o jornal Folha de S.Paulo.

Os relatório que comprovariam a aplicação dos recursos não foi entregue pela entidade aos ficais da CGU, que em três momentos tentaram obtê-los.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a fundação é personalidade jurídica da Igreja Renascer, fundada por Sonia e Estevam Hernandes. O casal está preso nos EUA por contrabando de dinheiro.

Fonte: Terra

IGREJA CATÓLICA

Padre é condenado a 11 anos de prisão.
16/10/2007 - 18h58m

O padre Djalma Brito Motta, do município de Ichu, interior da Bahia, foi condenado a 11 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de pedofilia. A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia, que, a pedido do Ministério Público, reformou sentença anterior, quando o padre havia sido condenado a sete anos e sete meses de prisão em regime semi-aberto.

O Tribunal de Justiça decidiu agravar a pena porque o padre, considerado foragido da Justiça, além de abusar sexualmente de várias crianças e adolescentes na cidade de Ichu, também teria corrompido menores.

*Fonte: TV Subaé

sábado, 20 de outubro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS





Universal terá de pagar R$ 2 milhões à família de Lucas Terra
Abmael Silva / Agência A Tarde

Pai de Lucas terra escreveu livro sobre a tragédia
Deodato Alcântara, do A Tarde

Exatos seis anos e sete meses após ter um dos filhos – o adolescente Lucas Vargas Terra, 14 anos –, ser incendiado vivo e carbonizado, em um monturo da Avenida Vasco da Gama, em Salvador, o casal Carlos e Marion Terra foi contemplado com a segunda decisão favorável a uma indenização por perdas e danos, pela morte do menino. A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, ratificou o acórdão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), de março. A Igreja Universal do Reino de Deus deverá pagar R$ 1 milhão, mais juros e correção monetária.
À sentença, cujo valor deve superar R$ 2 milhões, segundo advogados dos Terra, cabe embargos e novo recurso ao Superior Tribunal (STF), na forma de Ação Rescisória que, porém, não suspende a execução. Segundo o advogado Osvaldo Emanuel Alves, que defende a família Terra no processo criminal, mesmo havendo nova apelação, a igreja é obrigada a efetuar o pagamento, em bens “que a família pode não aceitar”, ou dinheiro “o que deve ser exigido pela Justiça”.
Emanuel Alves ressaltou, porém, que falou sobre o caso a A TARDE porque o outro defensor da família Terra, Sérgio Didier, está em viagem – segundo o cliente –, e a reportagem não o localizou. “Falo como profissional do direito, uma vez que não sou o advogado da ação cível”, disse.
Livro – O pai de Lucas, Carlos Terra, soube da decisão do STJ, nesta sexta, quando estava no Centro de Convenções, onde passou esses dois dias comercializando o livro Lucas Terra - Traído pela Obediência, no qual relata – com base no que saiu em jornais e viveu, de 21 de março de 2001 a 2006 –, sua versão para o crime. No livro, estão fatos sobre as investigações policiais e as primeiras etapas do julgamento de um dos acusados no crime, período em que Carlos Terra fez vários protestos em via pública, peregrinou por Brasília e outros Estados, foi à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Bruxelas, e a Roma (Itália), em busca de apoio de organizações de defesa dos Direitos Humanos, até ter a certeza da elucidação do crime.
Justiça – Segundo o que já foi apurado pela polícia e Justiça, e que permeou dois júris populares com sentenças condenatórias, e uma outra decisão no recurso ao TJ, Lucas foi assassinado pelo pastor Sílvio Roberto Santos Galiza, 25 anos, que cumpre pena de 15 anos no Complexo Penitenciário do Estado. Segundo o advogado Osvaldo Emanuel, Galiza contou com ajuda de mais dois integrantes da Universal, o pastor Joel Miranda e o hoje bispo Fernando Aparecido. Eles estão em liberdade e sob investigação no inquérito ainda não concluído pela Delegacia de Homicídios.
Lucas, que era obreiro da Iurd, foi amordaçado dentro de um templo universal, numa noite que foi à igreja para orar com Galiza, no bairro do Rio Vermelho. Colocado em uma caixa de madeira, foi transportado até o terreno baldio anterior ao Supermercado Extra, onde foi morto. Seus restos foram achados no dia seguinte. Segundo Carlos, Galiza nutriria um sentimento homossexual por Lucas.
Na ação por danos, o juiz Ari Nonato (3ª Vara Cível), decidiu em favor da Universal, porém, o TJ e o STJ entenderam que a igreja teve responsabilidade, uma vez que os pastores agem em nome dela e com vínculo formal. O TJ decidiu pela indenização de R$ 1 milhão, corrigida desde 2001. Já o STJ, decidiu que a correção conta apenas a partir da decisão do TJ. Nesta sexta, Carlos Terra desabafou: "Nenhum dinheiro do mundo vai trazer nosso filho de volta, mas a decisão mostra que a Justiça prevaleceu, apesar do poder econômico da igreja. Demorei um ano para entrar com a ação. Fui convencido por amigos, que viram mais uma forma de punir os criminosos".

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS



Segundo os seguidores dele "Foi colocada uma dublagem no vídeo, a voz não é a do Edir Macedo". As imagens também devem ter sido desenhadas pelo visto. E Papai Noel e o Coelnhinho Da Páscoa existem.

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS



Estou tentando achar na Bíblia a ordem de Deus para ter este tipo de atitude, alguém achou? Manda pra mim... :P

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

Pastor queima imagens sacras cadastradas no Iphan
Agencia Estado - 19/10/2007 09:37


O pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Fábio Guimarães da Silva Pereira queimou, durante um culto, duas imagens da história missioneira cadastradas no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele havia retirado as estátuas da casa de uma família que era fiel depositária das peças em troca de orações para curar um doente. O pastor responde por crime contra o patrimônio histórico na 3ª Vara Cível de São Borja, no Rio Grande do Sul.

Pereira alegou que a queima de imagens é uma pratica comum nos cultos da Universal. Mas garantiu não saber que as duas imagens, uma do Senhor Morto e outra de São Pedro, eram cadastradas no Iphan.

A denúncia ao Ministério Público foi feita pelo diretor de Assuntos Culturais do município, Fernando Rodrigues, no mês passado, quando a família Chagas resolveu fazer a doação para o museu municipal de oito imagens de madeira das quais era guardiã. Na ocasião, Oraides Chagas informou Rodrigues de que o pastor havia levado as duas imagens. Orientado pelo Iphan, o diretor procurou a Polícia Federal e o Ministério Público, que representou contra o pastor.

São Borja é um dos Sete Povos das Missões, fundado em 1636 pelos jesuítas como uma redução de índios guaranis. Dessa época, restam apenas 82 peças no estilo barroco jesuítico, todas tombadas pelo Iphan. Dessas, 35 estão no Museu Municipal Aparício Silva Rillo, 13 encontram-se em poder da Igreja Católica e as outras 34 estão espalhadas por casas de família que já detinham a posse delas.

A família Ayala Chagas, moradora de um bairro pobre da cidade, conservava em seu poder oito imagens que foram salvas de um incêndio em uma capela próxima de sua casa na primeira metade do século passado. Oraides Chagas contou que havia cinco gerações eles vinham cuidando das estátuas em um pequeno oratório na sala da residência. Com a doença de seu marido, Leôncio Ayala Chagas, que sofria de câncer, Oraides recorreu às orações do pastor para curá-lo. Em troca, ele exigiu as estátuas para queimá-las em um culto. Chagas morreu de câncer em julho e os filhos procuraram o museu para fazer a doação com o objetivo de salvar as outras estátuas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.