segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ASSEMBLÉIA DE DEUS.




26/11/2007 16:15:45
Suspeito de matar turista italiano se entrega à polícia

Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro

Suspeito de assaltar o turista italiano Giorgio Morasse, na última semana, Rodrigo Carvalho Cruz, o Tico, 20 anos se apresentou na segunda-feira na Polinter-Divisão de Capturas, na Zona Portuária. Ele chegou acompanhado de um pastor evangélico. Tico é morador do Morro do Cantagalo, em Copacabana, Zona Sul da cidade, que já havia cumprido pena em uma instituição para menores infratores por prática de roubo, em 2004.

Ele confessou ter roubado o turista, mas negou que tenha assassinado a vítima. Depois de arrancar o cordão do pescoço do pai de Giorgio, Tico tentou escapar numa bicicleta quando o italiano reagiu e foi jogado com um safanão na pista, sendo atropelado por um ônibus.

O corpo do turista italiano foi cremado na quinta-feira e segundo o cônsul-geral da Itália no Rio, Ernesto Massimo Bellelli, a cerimônia ocorreu no Forno Crematório do Rio de Janeiro, no Caju, com a presença do pai, do irmão Victor Morasse, e da família de sua noiva, que é brasileira. A mãe, por estar muito abalada, não foi à cerimônia.

A Justiça decretou a prisão temporária do suspeito de ter causado a morte de Giorgio Morasse, segundo o delegado Fernando Veloso, da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, responsável pelo caso desde quinta-feira. Ele deverá ser indiciado por latrocínio.

O delegado contou que Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como "Tico" foi reconhecido formalmente por fotografias pelo irmão da vítima. A foto ao lado foi divulgada pela polícia. Extra-oficialmente, o pai da vítima, uma amiga da família e um motorista de táxi também confirmaram as características físicas do suspeito.

Possuído

O pastor Isaías da Silva Andrade, que negociou a apresentação do assaltante do turista italiano em Ipanema à polícia, disse que Rodrigo Carvalho Cruz, o "Tico", de 20 anos, estava "possuído pelo demônio", quando roubou o cordão de ouro do pai do italiano Giorgio Morassi. No roubo, Giorgio acabou sendo empurrado para a Avenida Vieira Souto, em Ipanema, e foi atropelado por um ônibus.

Ele estava possuído. Legiões de demônio que fazem o homem roubar —, justificou o pastor da Igreja Assembléia de Deus.

Rodrigo Carvalho Cruz disse que apenas roubou o cordão de ouro do turista, mas não matou Giorgio Morassi, o filho do italiano assaltado. Ele disse que acabou largando o cordão, objeto do roubo, perto do local da confusão.

— Eu ia ficar com o cordão para mim. Não sou culpado (pela morte), só roubei. Não matei ninguém —, disse o assaltante.

Segundo o pastor, o assaltante procurou a sua igreja na quinta-feira. Lá, se alimentou, e recebeu orientações religiosas. A Divisão de Capturas da Polícia Civil (Polinter) já tinha informações de que ele estaria escondido nas proximidades da igreja, que fica perto da favela da Fazendinha, no Conjunto de Favelas do Alemão, subúrbio do Rio.

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=129881

É... Abre as portas das cadeias e solta todos os presos que seus crimes não foram eles quem cometeram, eles estavam possuídos pelo demônio... :P

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Negros evangélicos debatem racismo e discriminação nas igrejas
"São 15 milhões de pessoas pretas de cabeça baixa nas igrejas, achando que são descendentes do continente do demônio", afirmou o teólogo Walter Passos, no I Encontro Nacional de Negras e Negros Cristãos, realizado em Salvador no mês de abril. A iniciativa foi do Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos (CNNC), organização que vem debatendo a questão racial em diversas igrejas evangélicas em todo o país há cerca de um ano. Passos preside o CNNC, que é composto por fiéis de igrejas como a Presbiteriana, Batista, Adventista, Assembléia de Deus e a Metodista tendo a participação, até então, de estados como Rio de Janeiro, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Bahia. Criado a partir de debates e discussões por e-mails, o Conselho hoje vem promovendo encontros regionais, levantando o tema entre jovens e adultos negros - homens e mulheres evangélicas pelo país. Em entrevista, o presidente do CNNC falou ao Ìrohìn sobre este debate. Confira.
Jamile Menezes Santos, Estudante de Jornalismo da Faculdade da Cidade do Salvador
jamyllem@hotmail.com

Ìrohìn - São 15 milhões de evangélicos negros no Brasil. O que pensa este contingente hoje quanto às suas identidades negras?
Walter Passos - Os evangélicos são os que têm um processo de negação maior quanto ao seu pertencimento à comunidade negra. A pobreza e a desorganização, além da falta de políticas públicas, fazem com que nosso povo procure o mínimo de bens materiais através dos sacrifícios (ofertas), negando seu próprio ser. A discriminação em nenhum momento é questionada e nas igrejas históricas, o racionalismo branco é imitado. Em todas as três correntes do protestantismo no Brasil, a máscara branca está desfigurando a essência dos pretos e pretas e esse fato é um anti-evangelho de Yeshua (Jesus), que foi o mais importante preto da história da humanidade.

Ìrohìn - De que forma isso é visto nas igrejas?
Walter Passos - No comportamento dos (as) pastores (as), por exemplo, que se explica na formação teológica: as faculdades e seminários são formadores de teologias excludentes, baseadas no medo e na negação das raízes africanas. Os sermões, que seriam o grande alimento das comunidades, se tornaram mecanismos de dominação através da palavra e demonização das culturas africanas. Há um processo de branqueamento escandaloso nas lideranças pastorais negras. O mais difícil de encontrar é pastores pretos casados com mulheres pretas, porque o padrão de beleza europeu é propagado dentro das comunidades. Tudo que é belo é branco e tudo que é demoníaco é preto, por exemplo. A direção das igrejas não está com as lideranças pretas. Na Bahia, qual o pastor preto consciente que pastoreia uma grande igreja? Se somos 15 milhões, deveria haver pelo menos 650 mil pastores (as) pretos. Acontece que para estudar teologia é necessário ter condições financeiras e nosso povo não possui essas condições.

Ìrohìn - O Encontro Nacional, realizado em abril, reuniu expressivas delegações de diversos estados. Existem singularidades quanto ao engajamento por região?
Walter Passos - As diferenças são evidentes. O estado da Bahia é o que sofre a maior discriminação, tendo também a maior organização de juventude afrocentrada e atuante. A Bahia é um imenso paradoxo, porque somos a maioria da população preta que guardamos grandes ensinamentos ancestrais e o estado onde há menos políticas públicas de combate à discriminação.

Ìrohìn - Qual o papel dessa juventude?
Walter Passos - A juventude afrocentrada do CNNC é a espinha dorsal da organização, como está sendo em todo o Movimento Negro Brasileiro. A diretoria do CNNC Bahia é composta de 100% de jovens, sendo um marco na nossa organização no Brasil. Os jovens não aceitam as mazelas que as igrejas têm feito com nosso povo e são os grandes questionadores, não sentindo tanto temor das lideranças das igrejas como os idosos e adultos.
Ìrohìn – E o que é que o CNNC traz para o debate junto a esse público?
Walter Passos - A nossa luta se dá dentro do cristianismo, que participou ativamente da formação ideológica do Brasil: legitimou, abençoou, traficou, explorou e enriqueceu com tráfico dos nossos ancestrais, mantendo ainda uma violenta discriminação em todas as igrejas, seja a católica ou a protestante. Sendo assim, debatemos a discriminação racial e a sua superação dentro das igrejas cristãs, a luta como entidade preta cristã contra todos os tipos de exploração na sociedade, a organização do povo preto cristão, a propagação e a prática do pan-africanismo, a formulação de uma teologia preta e a questão de gênero, pois sabemos que a mulher preta é a mais discriminada dentro do cristianismo, além de outros temas. Trocamos informações, literaturas, realizamos encontros e aprendemos a ouvir os especialistas negros, porque sabemos que não podemos confiar nos teólogos (as) brancos e seu academicismo, o que é ideológico e visa manter a dominação e escravização mental do povo preto.

Ìrohìn - Um ponto central nesta discussão, para vocês, é a Escola Bíblica Dominical (EBDs). Por que é importante questionar essa Escola?
Walter Passos - A escola bíblica dominical dentro das igrejas históricas e pentecostais tem uma função de grande importância que é a formação do membro da igreja. A EBD é uma escola com objetivo de branqueamento, pois leva as pessoas negras, desde pequenas, à negação de suas origens. Ela reforça os preconceitos, acaba com sua auto-estima. Reforça o machismo, ensina um Deus branco baseado no medo, cópia do senhor de engenho. É necessária uma reformulação das EBDs, mas, nessa estrutura de igrejas que existe, é muito difícil.

Ìrohìn - Por que então não fundar uma outra Igreja, criar uma outra Bíblia?
Walter Passos - A função do CNNC não é formar uma nova denominação evangélica, mas, atuar dentro das igrejas de forma contundente. Queremos fundar a Comunidade Cristã Pan-Africanista, onde poderão atuar livremente e louvar a Yeshua conforme a sua africanidade. O CNNC não é uma igreja, mas uma organização pan-africanista. O cristianismo que temos hoje no planeta, e inclusive em várias regiões da África, é um cristianismo caucasiano deturpado. Os teólogos brancos, com mestrados e doutorados, conhecem a verdade e não ensinam. Há interesse ideológico em se manter um povo dominado. Estamos escrevendo o livro Cristianismo de Matriz Africana, objetivando informar o nosso povo preto dessas verdades escondidas.

Ìrohìn - Como é a reação dos (as) negros (as) evangélicos (as) ao serem chamados para este debate em suas igrejas? Há reações mais ou menos adversas em alguma delas?
Walter Passos - As reações são as mais diversas possíveis, porque a catequese católica e a forma de evangelização que sofreram os nossos ancestrais foram violentas e hoje a violência é ideológica. Os negros cristãos no Brasil estão com os olhos vendados e temem o inferno ensinado pelos brancos. Tenho conversado com pastores de diversas denominações e lideranças que sabem da discriminação racial e ficam calados, sendo co-participantes e alimentadores das mentiras. Por isso o CNNC não acredita e não participa do chamado Movimento Negro Evangélico (MNE) porque é um movimento que se apóia em organizações e lideranças brancas. Outro fator importante é que a luta pela emancipação do povo preto tem que ter a base familiar, e ainda não vi a maioria masculina dessas lideranças do MNE levar suas famílias para as reuniões. Será porque as suas mulheres são brancas e eles têm vergonha de suas companheiras? Como podem liderar e falar da discriminação racial se a própria família não é participante? Acreditamos que os pretos têm que trilhar os seus próprios caminhos e ditar as regras de sua própria emancipação.

Ìrohìn - Há a participação da Igreja Universal do Reino de Deus no CNNC?
Walter Passos - A questão da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) é bem interessante. No censo do ano 2000, possuía 2.101.887 membros, possuindo um poder imenso de comunicação. A IURD tem como chamamento a idéia da maldição hereditária. Hoje os negros lá se sentem amaldiçoados, todos os seus problemas são resultantes do chamado encosto que vem acompanhando a família desde a África. Sendo assim, se toma “fácil” nessas igrejas a comunidade negra enfrentar os graves problemas sociais que a afligem. A presença crescente de descendentes de africanos nessas igrejas é conseqüência da constante expulsão que sofrem nas igrejas históricas, na conversão forçada ao catolicismo, na falta de reação das religiões de matriz africana e seus paralelismos e sincretismo. São co­locados fora dos muros do bem- estar social e as fronteiras sociais se manifestam também religiosamente. A realidade dos pretos nestas igrejas é de extrema preocupação: explorados financeiramente e crendo numa falsa libertação, vivenciam um processo de alienação de seus problemas. Odeiam sua própria cultura, rejeitam sua história e permitem que a memória de seus ancestrais seja ultrajada, recebendo o rótulo de “demoníaca”.

Ìrohìn - E quanto aos adeptos do Candomblé?
Walter Passos - A liberdade religiosa tem que ser defendida. O que notamos é que algumas pessoas querem falar pela religião do candomblé e repetem a prática branca de falta de respeito com os negros. Antes de sermos religiosos, somos pretos. Posso mudar de religião, de opção sexual e de ideologia. Só não posso deixar de ser preto-africano no Brasil.

Ìrohìn - De que maneira o CNNC atua frente à intolerância religiosa de setores evangélicos contra as demais crenças de origem africana?
Walter Passos - A nossa organização é contrária aos ataques perpetrados pelas igrejas evangélicas às crenças dos nossos antepassados e de nossos irmãos. Todas as igrejas evangélicas são desrespeitosas com as crenças de matriz africana. Há vozes proféticas em diversas denominações, mas a prática é de extrema violência e falta de respeito. Os pretos evangélicos não são os culpados pela falta de respeito, muitos são repetidores dos ensinamentos deformados das igrejas.

Ìrohìn - Pan – Africanismo e Religiosidade. Qual a relação e de que forma o CNNC vem integrando ambos os temas pelo Brasil?
Walter Passos - O Pan-Africanismo é a saída para a união do povo preto nessa diáspora forçada. Quando o CNNC se coloca como uma organização pan-africanista é para desmistificar a idéia pregada de ecumenismo das igrejas protestantes, baseado em palavras que mantêm nosso povo afastado de suas decisões “ecumênicas”. O Ecumenismo é a grande mentira das igrejas brancas. Temos que ter uma preocupação com o nosso povo e essa preocupação é um ato de espiritualidade e prática. Lutamos por uma organização de autogestão e o CNNC, com seu teor pan-africanista, acredita que o próprio povo tem que se libertar da segunda escravidão que o levou à inércia em relação aos seus próprios problemas.

Ìrohìn – Quais os principais resultados do Encontro Nacional?
WP - O Encontro Nacional foi uma grande vitória do povo preto, independente de religião, mostrando que podemos ter um objetivo de liberdade. As mulheres e homens pretos só podem louvar em comunhão quando aquelas e aqueles que se dizem irmanados na mesma fé de Yeshua reconhecerem que o racismo, antes de ser ontológico, é moral. Que temos o direito de desenvolver os nossos destinos através da nossa identidade africana, representado a nossa corporalidade através da nossa ancestralidade. Enquanto isso não ocorrer e houver a exploração da comunidade branca sobre o nosso povo, a comunhão não existe, porque estaremos mentindo para nós mesmos, enganando nossos jovens e alienando nossas crianças. Não há comunhão sem a real vivência do evangelho de justiça de Yeshua.

Conheça mais sobre o CNNC em www.negroscristaos.com.br .

http://www.irohin.org.br/imp/template.php?edition=20&id=96

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

23/03/2004 - 03h19
Universal terá de indenizar família de mãe-de-santo em R$ 1,4 milhão.
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

A Justiça de Salvador condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a pagar uma indenização de R$ 1.372.000 aos familiares da ialorixá (mãe-de-santo) Gildásia dos Santos e Santos. Em outubro de 1999, o jornal "Folha Universal" --que pertence à igreja-- publicou uma foto da ialorixá para ilustrar a reportagem "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". A mãe-de-santo morreu em 2000.

Na sentença, o juiz Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 17ª Vara Cível de Salvador, disse que a Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada por danos morais.

Além da indenização aos familiares da mãe-de-santo baiana, o magistrado determinou que sua sentença seja publicada em dois números consecutivos do jornal da igreja. Carrilho Rosa também fixou em R$ 5.000 a multa diária pelo eventual descumprimento da sentença.

A Igreja Universal do Reino de Deus tem até o próximo dia 30 para recorrer da decisão. A reportagem não conseguiu localizar os dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus no principal templo da entidade em Salvador. Nos telefones da igreja em São Paulo e no Rio de Janeiro, ninguém atendeu aos chamados.

"A decisão da Justiça baiana é uma vitória do candomblé. Nós, adeptos do candomblé, sempre fomos perseguidos pela intolerância religiosa da Igreja Universal do Reino de Deus", disse a ialorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha e sucessora de mãe-de-santo.

Na foto publicada, Gildásia dos Santos e Santos aparece ao lado de recortes oferecendo serviços de ajuda espiritual para resolver problemas. O texto afirma que o "mercado de enganação" estava crescendo muito no Brasil.

Segundo familiares da ialorixá, a foto utilizada para ilustrar o texto da Igreja Universal do Reino de Deus foi originalmente publicada pela revista "Veja" --na época, a mãe-de-santo defendia o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
15/11/2007 (21:07)
População vai às ruas em nome da paz e da fé.
Fernando Vivas / Agência A TARDE


EMANUELLA SOMBRA E DANILE REBOUÇAS, do A Tarde

Num bairro tradicionalmente marcado pela presença de terreiros de candomblé, a liberdade de culto continua movendo manifestações, como a ocorrida nesta sexta no Engenho Velho da Federação. Ao som de tambores e instrumentos de sopro, cerca de 500 pessoas participaram da III Caminhada contra a Violência e Intolerância Religiosa e pela Paz.

A equede Zene Santos tentava fazer com que sua explicação fosse ouvida, enquanto uma forte percussão dava ares de festa ao movimento. Os organizadores pediam um convívio pacífico com os evangélicos locais, ao tempo em que a religiosa – braço direito de mãe Val, do Terreiro do Cobre – lembrava das constantes intimidações defronte dos terreiros, tentativas desrespeitosas de conversão dos filhos-de-santo e das menções pejorativas de alguns cultos cristãos locais.

Mãe Raimunda, do Terreiro de Bobonissema, citou vezes em que “os crentes até jogavam pedras em cima de sua casa”. Fora as agressões verbais, freqüentes, num bairro crivado de novas igrejas, improvisadas em antigos supermercados e outros pontos comerciais. Por onde o cortejo passou, as portas fechadas em vários desses templos chamavam atenção, mas talvez fossem sinal da tranqüilidade comum dos dias de feriado.

Uma das participantes, a vereadora Olívia Santana (PCdoB), foi moradora do Engenho Velho por 15 anos e pontuou a importância de haver “não só no bairro, mas em toda a cidade, uma convivência mais pacífica, sem uma religião querendo substituir a outra”. Olívia é autora do projeto de lei que criou o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro. A data foi a mesma da morte da ialorixá Gildásia Santos, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, que faleceu de infarto há sete anos após ser vítima de preconceito religioso.

Como parte das manifestações pela Semana da Consciência Negra, outra caminhada – de cunho nacional, com propósito semelhante – partirá do Engenho Velho, dia 25, e fará um abraço simbólico ao Dique do Tororó.

PAZ – Manifestação semelhante foi realizada por moradores da Boa Vista do Lobato, Alto do Cabrito e adjacências. Eles foram às ruas em protesto contra a violência, organizado pela paróquia Sagrado Coração de Jesus (Alto do Cabrito). No meio dos jovens e adultos, as crianças se destacavam, representando a maioria.

Pequenos no tamanho e na idade, mas conhecedores da realidade local. Quando questionadas, as crianças não hesitaram em contar casos de violência presenciada dentro da escola, na rua ou até mesmo em casa. “Meu colega levou uma faca pra sala e ameaçou outro, lá também tem muita briga, e os meninos saem feridos”, relatou Giovana Oliveira, 8 anos, estudante da 2ª série da Escola Daniel Borges.

“Eu já vi morte aqui no bairro e a gente tem que lutar contra isso”, disse Lara de Souza, 8 anos. Somente este mês, Lara já participou de três caminhadas pela paz. Ontem, sua mãe, Claudinice de Souza, a acompanhava. “Temos que enfrentar a violência, precisamos mudar esse cenário para proteger nossos filhos”, disse.

O aumento nos índices e tipos de violência no Cabrito e Lobato motivou a manifestação. De acordo com o organizador, José Carlos da Exaltação, além dos homicídios freqüentes na localidade, têm acontecido também roubos a casas e assaltos com uso de moto. “Vivemos em um clima de insegurança, e o poder público precisa olhar por nós”, declarou.

Juntos, Alto do Cabrito e Boa Vista possuem cerca de 52 mil habitantes, segundo a associação dos moradores (Amaca). No entanto, não há na região escolas de ensino médio, faculdades, nem área de lazer. O transporte público é precário (10 carros atendem às duas localidades), há carência de postos de saúde e saneamento básico (32 ruas não possuem rede de esgoto e pavimentação).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

ISLAMISMO

“Carne de porco provoca homossexualidade”, diz site muçulmano.

O consumo de carne de porco transforma heterossexuais em homossexuais. A afirmação, divulgada no site da organização muçulmana Ahmadiyya, está provocando polêmica entre os homossexuais de Berlim e entre os opositores à construção de uma mesquita da mesma organização na região leste da capital alemã.

A organização muçulmana Ahmadiyya, originária da Índia, está construindo atualmente no bairro de Heinersdorf a primeira mesquita da região leste de Berlim.

“Este modo de raciocinar dos Ahmadiyya contradiz a Constituição alemã. E não queremos que seja difundida entre nós”, disse nesta segunda-feira ao jornal “Berliner Zeitung” o porta-voz do movimento de protesto contra a construção da mesquita, Joachim Swietik.

No artigo publicado na internet, a autora muçulmana se baseia nas afirmações do falecido líder da comunidade Ahmadiyya, Kalif Mirza Tahir Ahmad, segundo o qual “a crescente tendência à homossexualidade tem relação com o consumo de carne de porco em nossa sociedade”.

“Estas afirmações equivalem a uma perseguição espiritual”, criticaram associações de homossexuais berlinenses.

“O artigo apresenta uma suposição, não uma afirmação”, defendeu-se o presidente da comunidade Ahmadiyya na Alemanha, Abdullah Uwe Wagishauser, segundo o qual “é sabido que a alimentação tem um efeito sobre o corpo humano e seu comportamento moral”.

“Também os homossexuais são bem-vindos na mesquita”, acrescenta Wagishauser, que afirma não querer disseminar o ódio contra esse grupo na sociedade. Berlim, capital européia famosa por sua liberdade, atualmente é governada por Klaus Wowereit, político declaradamente homossexual do Partido Social-democrata (SPD).

Fonte: Folha Online

Fé em Deus está nos genes, diz cientista americano

26/12/2005 - 11h26
Fé em Deus está nos genes, diz cientista americano
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CLAUDIO ANGELO
da Folha de S.Paulo

O geneticista norte-americano Dean Hamer, 54, parece ter uma predisposição inata à polêmica. Em 1993, afirmou ter descoberto um trecho do DNA, que batizou Xq28, supostamente responsável pela homossexualidade masculina. A descoberta lançou à fama e depois ao escárnio --quando outros cientistas falharam em replicá-la-- o campo da genética comportamental, do qual é pioneiro.

Agora Hamer volta à carga, metendo a mão numa cumbuca literalmente sagrada. Seu último livro, recém-lançado no Brasil, se chama "O Gene de Deus" (Ed. Mercuryo). E, sim, tenta sustentar que a crença no criador também é geneticamente determinada.

Antecipando as críticas --que vieram assim mesmo, quando o livro saiu nos EUA, no ano passado--, Hamer diz logo que não se trata de "o" gene, mas de "um gene entre vários". E, ah, não é exatamente deus, mas uma predisposição à crença, que ele chama de "espiritualidade".

O tal gene, isolado por Hamer e sua equipe no Instituto Nacional do Câncer, nos EUA, é identificado pela sigla vmat2. Ele estaria envolvido no transporte de uma classe de mensageiros químicos do cérebro conhecidos como monoaminas, do qual o mais famoso é a serotonina, a molécula do bem-estar. O ecstasy, o Prozac e outras drogas influenciam o humor alterando os níveis de serotonina no sistema nervoso.

As evidências de seu envolvimento com a espiritualidade vêm de análises genéticas conduzidas pelo grupo de Hamer em vários conjuntos de pacientes, mas que começaram com um grupo de tabagistas. A associação foi feita com o auxílio de um teste psicométrico --baseado em um questionário-- elaborado pelo também americano Robert Cloninger para aferir a chamada "autotranscendência", ou a tendência ao pensamento místico. Não confundir, no entanto, espiritualidade com religião, que o geneticista diz ver como um dos maiores "perigos" para a humanidade.

Hamer admite que as evidências são incipientes, mas, em entrevista à Folha, defende a teoria do gene divino. Leia a entrevista.

Folha - O biólogo Richard Dawkins disse dos genes: "eles nos criaram, corpo e mente". Eles criaram deus também?

Dean Hamer - Eu não posso determinar se deus é uma criação dos nossos genes ou se deus criou nossos genes para que ele pudesse ser reconhecido. Porque a biologia não pode determinar causalidade. O que podemos dizer é que nós temos genes que facilitam que pensemos em deus ou que imaginemos que exista um deus.

Folha - No seu livro "O Gene de Deus" o sr. tenta fazer uma distinção entre religião e espiritualidade. Pode explicar isso?

Hamer - É uma distinção muito importante. A espiritualidade diz respeito aos sentimentos interiores das pessoas. E a religião é um conjunto organizado de regras e regulações. A espiritualidade é como as pessoas se sentem sobre deus ou qualquer que seja o criador, enquanto a religião é especificamente sobre quem é esse deus e como ele age.

Folha - Então um título mais adequado para o livro seria "o gene da fé", não "o gene de deus"?

Hamer - Um título mais apropriado seria "um gene entre vários que está envolvido na fé". Mas isso não dá um título muito bom (risos).

Folha - Há casos em que pessoas que têm pontuação alta na escala de autotranscendência se tornam mais tarde céticas linha-dura?

Hamer - Provavelmente (risos). De fato, é uma boa questão, porque a escala é multifacetada, e você pode ter alta pontuação em alguns aspectos e baixa pontuação em outros. Eu, por exemplo, tenho alta pontuação no item do auto-esquecimento, em me perder em algo que estou fazendo e me desligar do resto, mas baixa pontuação em aspectos mais tradicionalmente associados à religiosidade. Por exemplo, não acho que existam coisas que a ciência não possa explicar.

Folha - E o que controla a freqüência desse gene na população?

Hamer - Ai, meu deus (risos)...

Folha - Porque, se estamos falando de monoaminas, seria de esperar que o "alelo de deus" fosse se espalhar rapidamente.

Hamer - Sim, talvez ele esteja se espalhando muito rapidamente, mas nós não sabemos muito sobre a evolução desse gene. Não posso dizer muita coisa a respeito.

Folha - E o vmat2 não é específico de humanos, certo? Ele tem equivalentes em outros mamíferos.

Hamer - Não, não é. Sabe, eu não acho que seja "o" gene que torna as pessoas espirituais, só acho que seja parte da via bioquímica no cérebro das pessoas que é usada para esse tipo de sentimento ou resposta emocional. E essa questão é a mesma com outros genes: temos os mesmos genes que todos os outros mamíferos e podemos falar e eles não; podemos ter um nível de consciência mais elevado e eles não.

Folha - Por que as pessoas reagem tão fortemente contra a idéia de que comportamentos possam ser determinados ou influenciados geneticamente? Existe um gene que as predispõe a essa reação também?

Hamer - (Risos) Não. É porque todo mundo acredita que tem livre-arbítrio e controla o próprio destino, porque, de outra forma, nós seríamos só marionetes. Ninguém quer ouvir que é o que é não porque decidiu assim, mas por algo que estava fora do seu controle. Eu acho que há uma negação automática do papel dos genes. E repare: nós temos livre-arbítrio e tomamos decisões. Só que algumas pessoas são mais canalizadas em uma direção que em outra.

Folha - O sr. não teme que o vmat2 tenha o mesmo destino do Xq28, o "gene gay" identificado pelo sr. que não pôde ser replicado em estudos independentes?

Hamer - O Xq28 foi replicado por três estudos independentes. Só um não o replicou. Mas uma meta-análise mostrou depois que, quando todos os dados eram incluídos, a ligação era significativa. Em 1996, nós publicamos um estudo muito parecido na revista "Science" sobre o gene transportador de serotonina. Descobrimos uma relação forte com a ansiedade. Outros dois estudos não viram associação; a amostra era muito pequena. Desde então, houve 800 outros estudos experimentais e 14 meta-análises. Os resultados validam completamente o achado original. Este agora é o resultado mais amplamente aceito da genética comportamental. Jornalistas tendem a interpretar uma não-replicação de uma característica controversa como a homossexualidade como sendo uma invalidação.

Folha - Seguindo o seu raciocínio, haveria pessoas sem capacidade bioquímica para a crença, ou "ateus inatos", por assim dizer?

Hamer - Todo mundo tem essa capacidade. Só que algumas pessoas têm um pouco mais, assim como todo mundo tem a capacidade de chutar uma bola de futebol, mas algumas pessoas têm mais talento.

Folha - Os psicólogos evolutivos, como Steven Pinker, da Universidade Harvard (Estados Unidos), recusam-se a enxergar a evolução da religião como uma característica adaptativa, encarando-a como um subproduto de alguma outra adaptação. O sr. concorda?

Hamer - O problema com a biologia evolutiva é que não há teste experimental conclusivo de nada. Então, a única maneira de ter certeza é montar um experimento no qual eu controlo as variáveis e depois ver o resultado. Não posso fazer isso com evolução porque não posso rebobinar a fita, criar um novo Universo e testar as coisas. Então, eu acho que a religião é muito disseminada e muito conservada para ser simplesmente um subproduto. Mas não posso ter certeza absoluta. Ele [Pinker] também não (risos). Há um preconceito da ciência contra a religião, especialmente forte nos EUA, e às vezes ele aparece nas opiniões das pessoas.

Folha - O sr. menciona no seu livro que milagres e curas religiosas estão ficando raros porque as pessoas tendem a confiar mais em médicos do que em padres. Ao mesmo tempo, a religião está cada vez mais forte, como atesta o fundamentalismo cristão nos EUA e o islâmico no Oriente Médio. Não há uma contradição aí?

Hamer - Sim. O que acontece é que a religião, como é algo memético [que se propaga por idéias, não por genes], não tem as limitações de ser boa para os seres humanos como a espiritualidade. Os memes [religiosos] têm vida própria, e agora eles estão em seu momento de florescimento máximo na história humana. E isso é muito perigoso para o mundo. As pessoas se preocupam muito com bombas atômicas e poluição... eu acho que religião é um perigo muito maior para as pessoas --a religião que não é delimitada pela espiritualidade. E dou um exemplo: a Igreja Católica declarou que as pessoas não devem usar preservativos. O problema é que, com a disseminação do HIV, isso se torna uma sentença de morte para algumas pessoas. Para mim, não é muito espiritual dizer às pessoas que elas não podem fazer algo para proteger sua vida.

ESPIRITISMO.

09/08/2007 - Fonte: A Tarde
MP defende espaço igual na TVE para as religiões.

A Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa do Ministério Público da Bahia (MP) recomendou à TVE espaço igual para religiões na sua grade de programação. A medida respondeu a uma representação feita pelo médium espírita José Medrado.

No documento, ele reivindicou tratamento igual ao dispensado à Igreja Católica, que tem algumas de suas missas transmitidas Ouvido pelo promotor Almiro Sena, titular da promotoria, no último dia 30, Pola Ribeiro, diretor do Instituto de Radiofusão do Estado da Bahia (Irdeb), do qual a TVE faz parte, disse não ter espaço para atender ao pedido. Sua alternativa então seria tirar as missas da grade de programação.

A TVE transmite aos domingos, a missa do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo, e a celebrada na Igreja do Bomfim, em Salvador, nas primeiras sexta-feiras do mês. “A Constituição, em seu artigo 19, diz que o Estado, que é laico, não pode subvencionar nenhuma religião.

Se a TVE é uma instituição pública está de certa forma infrigindo este princípio”, avalia o médium.

AUDIÊNCIA – Mas, segundo ele, sua intenção ao fazer a representação no dia 22 de maio, foi garantir igualdade de condições para todos os credos. “Não pedi suspensão das missas, mas espaço para o espiritismo e outras religiões”. O promotor de justiça, Almiro Sena concorda com o médium.

“O Estado realmente não pode privilegiar nenhum segmento religioso.

A idéia não é impedir a missa, e sim incentivar a pluralidade religiosa”. A missa do Santuário de Aparecida, que é gerada pela TV Cultura de São Paulo e retransmitida pela TVE aos domingos é, segundo dados do Irdeb, vice-líder de audiência em Salvador e sua região metropolitana no horário das 8 às 9 horas. Cerca de 230 mil pessoas a assistiram em junho. O Irdeb passou a medir a audiência de sua programação há dois meses.

O diretor do Irdeb, Pola Ribeiro, afirma que a pluralidade é um objetivo da sua gestão, mas afirma que obedecer à pluralidade religiosa é uma ação complexa. “Defendemos a pluralidade, mas não podemos transformar a TVE em uma rede religiosa. Temos muitas outras demandas”, acrescenta.

Segundo o diretor, não há data definitiva, mas a missa de Aparecida sairá do ar. Já a do Bomfim ele espera poder manter. “Com a missa de Aparecida, temos cinco transmissões. Sem ela, teríamos apenas uma. Assim seria mais fácil proporcionar a diversidade. Vale também destacar que, diante das próprias características da Bahia, a Missa do Bomfim também interessa a outros credos, como pessoas de candomblé e umbanda”.

Ainda este mês, Salvador vai sediar um encontro de presidentes e programadores das emissoras educativas de todo o país. As mudanças na grade serão o tema em destaque. O coordenador da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Salvador, padre Manoel Filho, disse que a notícia de suspensão da transmissão da missa de Aparecida chega até a Igreja com preocupação e tristeza./ TRISTEZA – “A preocupação vem de uma possível beligerância entre denominações religiosas que parece ficar subentendida. Sempre tivemos boas relações e diálogo com espíritas como Divaldo Franco.

A tristeza vem de que a missa de Aparecida, como a do Bomfim, são também elementos culturais muito fortes para o nosso povo, que deixa de poder contar com esse espaço”, acrescentou.

Professor de direito constitucional da Faculdade Jorge Amado e da Escola Superior de Advocacia, da OAB-BA, José Amando Júnior, afirma que a base legal da representação do médium José Medrado está correta. Segundo ele, o mesmo princípio vale para as emissoras comerciais.

“Elas são concessões públicas.

Documentários e reportagens sobre religião podem ser transmitidos, mas um culto é a imposição de um determinado pensamento religioso, o que desobedece à Constituição”.

O advogado explica que o Brasil é um Estado laico, fundando no princípio federativo.

“Se o Estado privilegia um determinado segmento, está indo de encontro ao seu princípio federativo criando presumido risco de instabilidade social”. Segundo ele, a prerrogativa sempre é para o respeito à postura do Estado laico.

“Este, inclusive tem sido o norte de decisões do Tribunal Superior”, diz. Por meio da assessoria de comunicação, o setor jurídico da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) informou que, até o momento, nenhuma das suas associadas viveu qualquer tipo de contestação de transmissão religiosa. A entidade reúne apenas TVs comerciais (300) e 2.500 emissoras de rádio.


Outras religiões querem espaço na TV pública da Bahia.

MARJORIE MOURA E ZEZÃO CASTRO
mmoura@grupoatarde.com.br e jcastro@grupoatarde.com.br

Líder da religião anglicana na Bahia, o reverendo Josafá Batista diz que “não temos religião oficial, o Estado é laico, sendo assim, todos os órgãos públicos devem reservar espaço para todas religiões. A minha igreja também quer espaço na TVE”.

Por outro lado, “antes de alguém ter entrado com representação contra a TVE, deveria ter havido o diálogo”, diz o presidente da Associação de Patrimônio Banto, Tata Komannanjy. Para ele, “o que vemos é privilégio aos cristãos nos órgãos públicos. E a gente ainda ouve conversa de que o Estado é laico”, ironiza.

Nem todas as religiões arrecadam um dízimo gordo a ponto de ter caixa para comprar espaço nas emissoras particulares. Algumas delas, com a graça de Deus e a doação dos fiéis, conseguem bancar a expansão de seu credo.

No caso da Rede TV!, de segunda a sexta-feira, são transmitidos programas de igrejas como a Mundial do Reino de Deus, Universal do Reino de Deus (Iurd) e a da Graça em duas versões: Nosso Programa e No seu Lar. Aos sábados, são oito as diferentes agremiações religiosas que disputam a atenção e a fé do telespectador.

Não há dados sobre a audiência destes “programas”.

No extremo oposto, está a Rede SBT, que não transmite em sua programação nacional atrações religiosas, embora na grade da TV Aratu, sua afiliada local, sejam incluídos alguns horários vendidos para grupos religiosos.

A TV Record, pertencente à Iurd, mantém uma postura extremamente comercial. Apenas dois dos seus programas tratam diretamente das atividades religiosas, um na abertura e outro no fechamento da grade.

A TV Itapuã, afiliada local, mantém a linha. Já a Rede Bandeirantes, que veicula localmente o programa Visão social, do espírita José Medrado, retransmite produções de outras correntes religiosas, mas é, de longe, a mais eclética: aos sábados, entre a Ave Maria de um grupo e o Pai Nosso de outro, exibe filmes eróticos.

O Estado laico, a diversidade e as concessões públicas.

Malu Fontes*

Diante dos critérios pouco ou nada claros usados pelo governo federal para distribuir concessões de rádio e de televisão (uma prerrogativa exclusiva do Presidente da República), ironicamente se diz: hoje o controle das emissoras de rádio e TV no Brasil ou está no altar ou está no palanque.

Ou seja, para se obter uma concessão de emissora, é necessário estar à frente de uma instituição religiosa ou ter um mandato político-partidário. A prova disso é a quantidade de canais e de programas independentes de rádio e TV vinculados aos grupos religiosos neopentecostais e a quantidade de políticos que são donos de impérios de radiodifusão.

As chamadas bancadas evangélicas controlam centenas de emissoras e as utilizam tanto em nome de seus projetos políticos quanto para fazer apologia de suas crenças religiosas, arrebanhar fiéis e dizimistas e atacar as religiões alheias. Já as emissoras públicas adotam em suas programações transmissões da missa católica em algum horário de sua programação. Até bem pouco tempo, isso era tolerado com um certo silenciamento por parte das demais religiões e da sociedade como um todo. Hoje, no entanto, já está consolidada na opinião pública a idéia de que o Estado brasileiro é constitucionalmente laico, ou seja, não tem religião oficial.

Assim, determinados posicionamentos das emissoras, sobretudo as públicas, geram cada vez mais insatisfação na sociedade esclarecida. Do mesmo modo que se condenam as manifestações preconceituosas e discriminatórias propagadas por algumas emissoras neopentecostais. Em se tratando de um Estado laico, tanto não faz sentido um tribunal do Poder Judiciário, por exemplo, ostentar em suas paredes imagens de Jesus Cristo crucificado, como manter a transmissão da missa católica em uma emissora pública. A não ser que outras religiões tenham os mesmos direitos de ter e ver suas imagens, seus rituais e suas liturgias igualmente representados nas mesmas grades de programação.

Quanto às emissoras privadas, não deve se perder de vista jamais o fato de se tratar de concessões públicas, atribuídas pelo poder público provisoriamente a empresários para que estes as utilizem em nome da promoção da informação, diversidade e, sobretudo em nome do respeito à diversidade, tolerância e laicidade do estado brasileiro.

Portanto, vale perguntar: onde está o respeito a esses três princípios quando uma emissora dia sim e outro também encena midiaticamente apenas os seus ritos religiosos, ao mesmo tempo em que associa as demais religiões, como se faz com o candomblé e o espiritismo, a práticas demoníacas que provocam desgraças na vida das pessoas? Quanto às emissoras públicas, os tempos são outros e, se querem manter missas católicas em suas grades, melhor então repensar suas visões de diversidade e pluralidade e abrir espaço para outras manifestações, não apenas na grade do jornalismo, mas nos mesmos moldes com que fazem com as missas. Não custa lembrar: o estado é laico e a sociedade é plural.

*Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. E-mail: mfontes@grupoatarde.com.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

"A terra é achatada, e qualquer um que negue essa afirmação é um ateu e merece ser punido."
Sheik Abdel-Aziz Ibn Baaz, autoridade religiosa suprema, Édito Muçulmano religioso, 1993, Arábia Saudita
"A Igreja diz que a Terra é achatada, mas sei que ela é redonda, porque vi a sombra na Lua, e tenho mais fé numa sombra do que na igreja."
Fernão de Magalhães

terça-feira, 6 de novembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS Vs, IGREJA CATÓLICA.

A Record vem exibindo o documentário "Sex Crimes And The Vatican" produzido pela BBC de Londres. O documentário trata da questão da pedofilia praticada pelos padres e como a Igreja Católica trabalha para abafar os casos e não punir os culpados na tentativa de evitar "sujar" o nome da instituição. Eu indico a todos este documentário, vale muito a pena assistir...
Mas como sempre, cada um dá a informação do jeito que melhor lhe agrada, e já percebi que a Record (=Igreja Universal, por mais que se tente dissociar uma da outra, mas é a mesma coisa) têm intensificado sua vingança contra o Catolicismo tratando bastante dessa ferida católica que é a pedofilia praticada por alguns padres.
Agora, será que eles vão falar do caso do garoto Lucas que foi estuprado e morto e depois teve seu corpo queimado por 1 pastor da Universal e que dois outros pastores ajudaram o assassino a se livrar do corpo?
O Papa em nome da imagem da Igreja Católica não permite que se faça justiça às crianças abusadas sexualmente por seus padres. Os da Igreja Universal do Reino de Deus pelo mesmo caminho... Macaco fala mas não olha o rabo, ou pelo menos acha que ninguém olha...
Conhecimento meus amigos, conhecimento é a chave da libertação!
"Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar."

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

IGREJA CATÓLICA

09/07/2007 - 16h23
Vaticano definirá Igreja Católica como 'única de Cristo'

Valquiria Rey - Roma - BBC BRASIL

O Vaticano deve divulgar nesta terça-feira um documento que define a Igreja Católica como a única igreja de Cristo.

O texto da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por promover e tutelar a doutrina da fé e a moral no mundo católico, deve esclarecer uma frase do documento Iumem Gentium ("A luz das nações", sobre a missão universal da Igreja), do Concílio Vaticano 2º, dizendo que a única Igreja de Cristo "subsiste" na Igreja Católica.

Durante o Concílio, uma reunião de bispos e cardeais realizada entre 1962 e 1965, a Igreja adotou mudanças, como a realização de missas nos idiomas modernos, e afirmou o respeito aos não-católicos.

Andrea Tornielli, vaticanista do jornal Il Giornale, afirma que o documento desta terça-feira também deve confirmar a declaração Dominus Iesus, aprovada pelo papa João Paulo 2º em 2000, segundo a qual apenas a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação.

A declaração causou, na época, protestos das igrejas protestantes, classificadas como simples "comunidades eclesiásticas".

Segundo Tornielli, o emprego do verbo "subsiste" no texto do Concílio Vaticano 2º gerou diversas interpretações nos últimos anos, apesar de a Dominus Iesus ressaltar que o Concilio Vaticano 2º queria dizer "existe realmente".

"O objetivo da nova declaração é combater o que o papa Bento 16 considera como 'relativismo eclesiológico', segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não têm mais que uma parte desta verdade", diz o vaticanista.

Judeus
A divulgação do documento ocorrerá poucos dias depois de o papa Bento 16 ter assinado decreto que dá mais liberdade para os sacerdotes celebrarem missas em latim, uma concessão aos tradicionalistas.

Em uma carta aos bispos de todo o mundo, no último sábado, o pontífice rejeitou as críticas de que sua atitude poderia dividir os católicos.

No entanto, o documento gerou mal-estar e, segundo especialistas, poderá ameaçar também o diálogo entre cristãos e judeus.

O problema é que a antiga liturgia, conhecida como missa Tridentina, inclui passagens nas quais se diz que os judeus vivem "na cegueira" e "na escuridão" e pedem que "o Senhor, nosso Deus, retire o véu dos corações deles a fim de que possam também reconhecer nosso Senhor Jesus Cristo".

Vincenzo Pace, especialista em Sociologia da Religião, afirma que os dois documentos do Vaticano, o desta terça-feira e o sobre a missa em latim, estão interligados.

Os documentos pretendem defender, de acordo com Pace, a fortaleza da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, afastar as modificações feitas pelo Concílio Vaticano 2º.

"Os novos documentos do Vaticano são coerentes. Seguem o pensamento do papa Bento 16, sempre muito dedicado à doutrina, ao princípio da autoridade e à idéia de que fora da Igreja não há salvação", diz Pace.

"Os tradicionalistas e fundamentalistas católicos eram contrários não apenas ao enfraquecimento das missas em latim, mas à abertura interecumêmica e à ausência da superioridade da Igreja Católica sobre as outras religiões."

sábado, 3 de novembro de 2007

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS

Você lembra? Brasileiro tem memória curta...

A TARDE - 20/03/2004

A decisão do juiz Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 17ª Vara Cível de Salvador tem tudo para fazer história no combate à intolerância religiosa. No dia 13 de janeiro deste ano, o magistrado assinou sentença que obriga a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) a indenizar os familiares da ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em pouco mais de R$ 1,3 milhão, por danos morais. Em outubro de 1999, o jornal da igreja, Folha Universal, publicou uma foto de mãe Gilda numa matéria com o título “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. A Iurd tem até o dia 30 de março para recorrer da decisão.

Além do pagamento da indenização, o juiz determina que a Iurd, que foi acionada conjuntamente com a Editora Gráfica Universal, publique na primeira página da Folha Universal e na capa do seu encarte Folha Dois o teor da decisão por dois números consecutivos. O descumprimento da decisão rende multa diária de R$ 5 mil.

A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso dos réus, mas já é considerada um grande passo na luta do culto africano contra a intolerância religiosa que vem perseguindo o candomblé e a umbanda nos últimos anos, inclusive, na Bahia, chamada de berço da cultura negra no Brasil.

“Essa não é uma vitória apenas da comunidade do Terreiro Axé Abassá de Ogum, mas de todo o povo do candomblé que sofre perseguição religiosa. Foram quatro anos de espera, de luta”, desabafa a ialorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha e sucessora de Mãe Gilda no comando da Casa, que fica em Itapuã.

A primeira vitória no processo tem toda uma simbologia para a comunidade do Axé Abassá, pois eles entendem o ataque como estritamente ligado à perda da sua sacerdotisa. Três meses depois de ter sua foto divulgada pelo jornal evangélico, Mãe Gilda morreu por conta de um infarto fulminante.

“ Minha mãe era hipertensa, mas tinha uma vida saudável, se cuidava, fazia hidroginástica. Depois da matéria no jornal da Universal, ela ficou extremamente deprimida, pois muita gente chegou até a imaginar, ao ver o jornal, que ela tinha se convertido à Igreja Universal. Foi muito desgastante. Ela assinou a procuração para que os advogados entrassem com o processo no dia 20 de janeiro de 2000 e morreu no dia seguinte”, relata Jaciara.

Um projeto de autoria da vereadora de Salvador, Olívia Santana (PCdoB), transformou o dia 21 de janeiro, data da morte de Mãe Gilda, em Dia do Combate à Intolerância Religiosa.

IMPEACHMENT – A foto utilizada pela Iurd no jornal é uma reprodução da que ilustrou a matéria da revista Veja, de 26 de setembro de 1992, sobre manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor. Na matéria da Veja, Mãe Gilda aparece com suas roupas de sacerdotisa, tendo aos pés uma oferenda pelo afastamento do presidente.

A imagem de Mãe Gilda foi reproduzida numa matéria do jornal Folha Universal da Iurd, edição de 26 de setembro a 2 de outubro de 1999, rodeada por recortes que oferecem serviços de ajuda espiritual para resolver problemas. O texto diz que estava crescendo no Brasil um mercado de enganação.

Na foto utilizada pelo informativo, Mãe Gilda aparece com uma tarja preta nos olhos. A capa do jornal traz informações de que a sua circulação é nacional, com tiragem de mais de 1 milhão e 372 mil exemplares, exatamente o valor da indenização em reais que agora a sentença judicial obriga a Universal a pagar aos familiares de Mãe Gilda.

“Nós tínhamos em casa guardada a reportagem da Veja. Um dia andando aqui em Itapuã eu recebo o jornal da Universal e dou com a mesma foto numa reportagem extremamente ofensiva. Dois meses antes o terreiro já havia sido invadido por membros de uma outra igreja evangélica, ou seja, foi o segundo ataque consecutivo que minha mãe sofreu por causa da sua crença”, narra Jaciara. A partir deste dia Jaciara apoiou a mãe a mover uma ação judicial. Com a morte de Mãe Gilda ela assumiu o comando da batalha.

“Corri atrás, busquei apoio e consegui a ajuda valiosa do pessoal da ONG Koinonia, que nos deu toda a assessoria jurídica. Chegamos a ir até Brasília, numa caravana que reuniu mais de 400 pessoas. Fomos recebidos pelo presidente Lula e entregamos a ele um dossiê sobre a intolerância religiosa que volta e meia atinge um terreiro aqui na Bahia. Agora finalmente ganhamos a primeira batalha”, relata Jaciara.

A ONG que deu a assessoria para o processo, a Koinonia, palavra que significa “comunhão”, foi criada há dez anos e trabalha em parceria com a Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais (AATR-BA). “O trabalho com os terreiros começou na área ambiental e daí foi percebida a necessidade que eles tinham no campo jurídico, para regularização de áreas, organização jurídica para os seus trabalhos sociais”, explica a advogada Helga de Almeida.
31/10/2007 - 16h19
Votação da lei contra a homofobia na Comissão de Direitos Humanos do Senado é adiada.
UOL News.

Depois de tramitar durante cinco anos na Câmara dos Deputados e ser aprovado no ano passado, o projeto de lei que torna crime passível de penas de até cinco anos de prisão a discriminação contra homossexuais (a "lei contra a homofobia"), está na CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado. A relatora do projeto na comissão, a senadora Fátima Cleide (PT-RO), já deu parecer favorável, mas a votação, que deveria ocorrer nesta semana, foi adiada para a semana que vem.

A relatora diz que não houve entendimento acerca da proposta e que vem "sofrendo bastante pressão, inclusive de setores que tínhamos como progressistas". A votação do projeto já havia sido suspensa em março, depois de grande reação contrária. Um grupo de trabalho foi instituído para discuti-lo, mas a nova proposta novamente encontrou resistência.

O maior grupo declaradamente contrário ao projeto é o dos senadores da Frente Parlamentar Evangélica, que apresentaram uma proposta em que pediam a retirada dos termos "orientação sexual" e "identidade de gênero" da proposta, o que a descaracterizaria. A relatora aposta, no entanto, nos avanços das negociações.

O texto, de autoria da ex-deputada paulista Iara Bernardi, amplia as leis que já proíbem a discriminação - mas que hoje se restringem a raça, cor, etnia, religião e procedência nacional - para também tipificar como crime o preconceito por "gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero". O projeto pede ainda uma alteração na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para que homossexuais não sejam impedidos de ser contratados ou de trabalhar por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O projeto, diz a relatora, visa garantir que os homossexuais - que hoje representam cerca de 10% da população brasileira ou 18 milhões de pessoas - não sofram violência em decorrência do preconceito ou da discriminação. Segundo ela, um homossexual é morto a cada dois dias no Brasil por conta de sua opção sexual.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

IGREJA APOSTÓLICA RENASCER EM CRISTO

Fantasmas da Renascer receberam R$ 1 milhão da Assembléia.
Oito parentes do casal Hernandes foram nomeados na Assembléia pelo deputado Bispo Gê (PFL)

Angélica Santa Cruz - Estadão.

A lista de parentes dos fundadores da Igreja Renascer que foram funcionários fantasmas da Assembléia Legislativa de São Paulo já conta com oito pessoas. Lotadas no gabinete do deputado estadual Geraldo Tenuta (PFL), conhecido como Bispo Gê, elas receberam dos cofres públicos, desde 2003, pelo menos R$ 1 milhão - sem contar as gratificações que elevam esse valor em cerca de 70%.

Além dos filhos Fernanda Hernandes Rasmussen e Felippe Daniel Hernandes, e do genro Douglas Rasmussen - cuja presença na folha de pagamento da Assembléia foi revelada pelo Estado -, outros cinco familiares de Estevam e Sonia Hernandes foram nomeados para cargos comissionados e receberam salários e benefícios sem precisar cumprir expediente.

Pesquisa feita pelo Estado no Diário Oficial mostra que as nomeações no gabinete do deputado Bispo Gê eram distribuídas em esquema de rodízio.

Em 2003, por exemplo, entrou na folha de pagamento da casa José do Patrocínio Hernandes, irmão de Estevam Hernandes e administrador do haras em Atibaia que integra a lista de bens bloqueados da família. José do Patrocínio foi incluído como Agente de Segurança Parlamentar e ficou no cargo de abril de 2003 a abril de 2006, com salário-base mensal de R$ 3.039. Sem contar as gratificações a que teve direito, recebeu R$ 109.404. Filho de José do Patrocínio, Estevam Hernandes Neto entrou na lista com o mesmo cargo oferecido ao pai - e pelo mesmo período. Também ganhou R$ 109.404.

Mulher e mãe dos três filhos de Felippe Hernandes - conhecido como Bispo Tid -, Danielle Azar foi incluída no rodízio de fantasmas como Assistente Técnico Parlamentar. De março de 2005 a outubro de 2006 recebeu salário-base de R$ 5.754,78. Ao final dos 19 meses, saiu com R$ 109.306.

Para Frederico Alexandre Rasmussen - irmão de Douglas Rasmussen, superintendente da Rede Gospel e marido de Fernanda -, sobrou o cargo de Secretário Parlamentar, que ocupa desde março de 2003. Já recebeu, ao todo, R$ 214.200.

Ex-chefe de gabinete da vereadora Lenice Lemos São Bernardo, conhecida como Bispa Lenice (PTB), Eduardo Hernandes - sobrinho de Estevam Hernandes - também teve salário garantido no gabinete do Bispo Gê. Em maio de 2004 foi nomeado Auxiliar Parlamentar. Ganhou salário-base mensal de RS 5.700. E, no final, recebeu RS 45.600.

No site da Renascer, o deputado Bispo Gê divulgou nota afirmando que Fernanda e Douglas Rasmussen de fato exerceram funções em seu gabinete: “dentro da mais ilibada conduta ética e profissional, trabalhando em função das mais variadas atividades parlamentares junto às minhas bases eleitorais e absolutamente em consonância com o regimento interno da Assembléia Legislativa”.